China rejeita resolução da ONU por falta de pedido de cessar-fogo

Fonte: Diário do Povo Online    26.10.2023 14h44

A China votou na quarta-feira (25) contra uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito palestino-israelense, dizendo que ela foi “introduzida às pressas” e não aborda a questão crucial de um cessar-fogo.

O projeto de resolução “não reflete os apelos mais fortes do mundo para um cessar-fogo e o fim dos combates”, disse Zhang Jun, representante permanente da China na ONU.

A última resolução elaborada pelos Estados Unidos condenou o Hamas, expressou apoio a Israel e apelou à libertação de todos os reféns.

A Rússia e os Emirados Árabes Unidos também votaram contra a resolução.

Zhang disse: "A China não se opõe de forma alguma às ações do Conselho. Pelo contrário, sempre apelamos fortemente ao Conselho para que desempenhe um papel responsável.

"O que nos opomos é que o projeto de resolução seja evasivo na questão mais urgente de dissipar a hostilidade. Nunca foi possível apelar por um cessar-fogo imediato em termos claros e inequívocos", observou ele.

"Neste momento, o cessar-fogo não é apenas um termo diplomático; significa a vida e a morte de muitos civis. Se uma resolução do Conselho é ambígua sobre a questão da guerra e da paz e da vida e da morte, não é apenas irresponsável, mas também extremamente perigoso", lamentou Zhang.

“É o mesmo que preparar o caminho para ações militares em grande escala e dar luz verde para uma nova escalada da guerra”, disse ele.

O embaixador mencionou que na última quarta-feira (18), um projeto de resolução centrado na situação humanitária do conflito e enfatizando a proteção dos civis, que foi apoiado por uma esmagadora maioria dos membros do conselho, foi vetado pelos EUA. Um projeto de resolução proposto pela Rússia no dia 16 de outubro também foi vetado.

Na noite de sábado (21), os EUA apresentaram o novo projeto de resolução “que deixava de lado o consenso dos membros, incluía muitos elementos que ainda eram profundamente segmentário e ia muito além da esfera humanitária”, disse Zhang.

Vários membros do Conselho de Segurança, incluindo China, Rússia, Emirados Árabes Unidos e Brasil, propuseram alterações ao texto.

(Web editor: Renato Lu, 张荣)

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