O presidente do banco central da China disse nesta quarta-feira que o país atingirá sua meta de crescimento de 5% para este ano, pois houve um impulso econômico mais forte recentemente, com recuperação da produção e do consumo, emprego estável e melhoria das condições de preços.
Pan Gongsheng, presidente do Banco Popular da China, deu as declarações durante um discurso na Conferência Anual do Fórum da Avenida Financeira 2023.
A transformação econômica continuou avançando, o investimento em alta tecnologia manteve um rápido crescimento e o consumo final contribuiu com 83% para o crescimento econômico nos três primeiros trimestres, disse Pan.
Como o Produto Interno Bruto (PIB) da China ultrapassou 120 trilhões de yuans (US$ 16,72 trilhões), uma taxa de crescimento anual de 5% é inegavelmente robusta, avaliou Pan, acrescentando que é mais importante alcançar um desenvolvimento sustentável e de alta qualidade e promover a transformação econômica do que buscar uma alta taxa de crescimento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou na terça-feira sua previsão de crescimento para a China para 5,4%. "A economia chinesa está no caminho certo para cumprir a meta de crescimento do governo em 2023, refletindo uma forte recuperação pós-COVID", diz um comunicado do FMI.
Pan revelou que o banco central intensificou os ajustes anticíclicos para fortalecer a economia real, como a redução do coeficiente de reservas obrigatórias para os bancos, a redução das taxas de juros, o lançamento de políticas favoráveis para compradores de moradias e o incentivo a empréstimos inclusivos para agricultura e pequenas empresas.
O banco central trabalhará para manter o crescimento razoável do crédito e do financiamento social, intensificar o apoio às principais estratégias nacionais, áreas-chave e elos fracos, reduzir os custos de financiamento para a economia real e promover um renminbi (ou yuan, moeda chinesa) estável, observou Pan.
Em seu discurso, Pan enfatizou a importância de abordar grandes riscos financeiros em pequenas e médias instituições, no setor imobiliário e nas dívidas de governos locais.