Beijing disse na terça-feira (19) que espera que Washington ouça os crescentes apelos internacionais para acabar com as hostilidades entre a Palestina e Israel e se abstenha de obstruir unilateralmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) de aprovar resoluções relevantes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, fez essas observações numa entrevista coletiva, depois que o embaixador dos Estados Unidos na China, Nicholas Burns, disse num evento recente da Brookings Institution que a China deseja se tornar influente no Oriente Médio, mas está nas mãos dos EUA acabar com este conflito.
Os EUA devem desempenhar o seu devido papel na promoção de um cessar-fogo imediato e no fim da violência para evitar um desastre humanitário em grande escala, ponderou Wang.
Desde a eclosão do conflito Palestina-Israel, a China tem se empenhado em pressionar por um cessar-fogo e em proteger os civis.
Como presidente do Conselho de Segurança da ONU em novembro, a China promoveu a adoção da primeira resolução e apresentou o documento do posicionamento da China para pressionar o CSNU a tomar mais medidas.
Beijing também forneceu vários lotes de assistência humanitária, incluindo dinheiro, alimentos e medicamentos a Gaza, lembrou Wang.
O porta-voz destacou que a China não possui interesses egoístas no Oriente Médio e não procura formar círculos exclusivos.
A China sempre acreditou que o futuro do Oriente Médio deve estar nas mãos do povo da região, afirmou ele, acrescentando que a China apoia a causa justa do povo palestiniano de restaurar os seus legítimos direitos nacionais.
Nos últimos anos, a China propôs uma série de iniciativas e propostas para mediar a paz no Oriente Médio.
Em março, a Arábia Saudita e o Irã chegaram a um acordo, que inclui a retomada das relações diplomáticas sob a mediação da China. Na semana passada, foi realizada em Beijing a primeira reunião a nível vice-ministerial do comitê conjunto trilateral China-Arábia Saudita-Irã.
Todos estes esforços foram realizados para encorajar os países regionais a concretizar o desenvolvimento através da solidariedade e a resolver disputas e diferenças através do diálogo e da consulta, explicou Wang, acrescentando que a China trabalha incansavelmente para esse fim.
