Uma autoridade sênior da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) acusou no domingo as forças armadas sul-coreanas de julgarem erroneamente seus movimentos militares.
A Coreia do Sul afirmou que a RPDC realizou bombardeios de artilharia a noroeste da ilha de Yeonpyeong na tarde de sábado, e os projéteis caíram na zona tampão marítima ao norte da chamada "Linha do Limite Norte (NLL, em inglês)", nas águas ocidentais da Península Coreana.
Kim Yo Jong, vice-diretora de departamento do Comitê Central do Partido de Trabalhadores da Coreia, disse que a RPDC detonou pólvora explosiva simulando o som de tiro de artilharia, um movimento projetado para observar as reações do exército sul-coreano. A declaração de Kim foi divulgada pela oficial Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA, sigla em inglês).
Chamando as reações da Coreia do Sul de "claramente dentro das expectativas da RPDC", Kim disse que a Coreia do Sul julgou erroneamente o som da explosão como o de tiroteio e uma provocação, acusando a Coreia do Sul de alegar falsamente que os projéteis caíram na zona tampão marítima ao norte da NLL nas águas ocidentais, informou a KCNA.
Kim advertiu que "as forças da RPDC lançarão um ataque militar imediato se o inimigo fizer até mesmo uma leve provocação", acrescentou.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul rejeitou a declaração de Kim, zombando a capacidade de detecção de suas forças armadas, como "de baixo nível" e "guerra psicológica", de acordo com uma reportagem da agência de notícias Yonhap no domingo.
Os dois países vêm disputando há muito tempo sobre a fronteira marítima nas águas ocidentais da península. A Coreia do Sul estabeleceu a fronteira marítima designando a NLL, que a RPDC nunca reconheceu oficialmente.