A China e os países da Liga Árabe pediram neste domingo um cessar-fogo imediato e abrangente no enclave palestino de Gaza, devastado pelo conflito.
Os dois lados também pediram a implementação de resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU e da Assembleia Geral sobre a situação em Gaza e o conflito palestino-israelense, disse um comunicado conjunto, acrescentando que todas as formas de violência contra civis, bem como violações de direitos internacional e humanitário, devem ser interrompidas.
O consenso foi alcançado durante uma reunião entre Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e ministro das Relações Exteriores da China, e o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, Ahmed Aboul Gheit.
Os dois lados se opõem à transferência forçada de civis palestinos e exigem a libertação imediata de todos os detidos em cativeiro, o estabelecimento de um mecanismo de coordenação humanitária e o acesso humanitário à Faixa de Gaza por meio de um mecanismo sustentável, rápido, seguro e sem barreiras.
Qualquer acordo sobre o futuro e o destino da Palestina deve seguir o princípio de "palestinos governando a Palestina", disse o comunicado, enfatizando que a solução de dois Estados tem sempre sido a base para qualquer acordo futuro sobre o destino do povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental).
Os dois lados expressam profunda preocupação com a recente escalada de tensões na região do Mar Vermelho, enfatizando a necessidade de respeitar a soberania e a integridade territorial do Iêmen enquanto se garante a segurança das rotas comerciais internacionais no Mar Vermelho.
O lado chinês aprecia o importante papel desempenhado pelo lado árabe para arrefecer a situação regional e evitar uma crise humanitária abrangente na Faixa de Gaza.
O lado árabe aprecia altamente os esforços envidados pelo lado chinês para desanuviar o conflito de Gaza, realizar um cessar-fogo e apoiar a justa causa do povo palestino, e aprecia o Documento de Posição da República Popular da China sobre a Solução do Conflito Palestino-Israelense.