Por Shi Yuanhao, Diário do Povo
O Brasil exportou mais de 39,24 milhões de sacas de café de 60 kg no ano passado, total equivalente ao de 2022, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Cafeeiros de diferentes variedades em frente ao escritório da Unique Cafés no Brasil
Dos quais, 1,48 milhão de sacas foram exportadas para a China, um aumento significativo de 278,6%, em relação a 2022, tornando a China o 6º maior destino de exportação do café brasileiro.
“Em 2017, as exportações de café do Brasil para a China foram inferiores a 83 mil sacas. Nos últimos anos, o consumo de café no mercado chinês alcançou crescimento contínuo e o café brasileiro está ganhando mais popularidade”, disse Marcos Antônio Matos, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Com a sua grande população, a China ainda tem grande espaço para crescer no consumo de café. O Brasil valoriza o mercado cafeeiro chinês e espera que mais comerciantes chineses comprem grãos de café brasileiros, observou ele.
Minas Gerais é um dos principais estados produtores de café do Brasil. O estado brasileiro afirmou em seu site de notícias que o mercado chinês oferece oportunidades importantes para a indústria cafeeira brasileira.
Os cafés especiais são uma das principais áreas de crescimento das exportações brasileiras de café para a China. A região da Mantiqueira, localizada na junção dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, apresenta elevadas altitudes e grande variação diurna de temperatura, tornando-se um local propício para o cultivo do café.
Helcio Junior, Diretor Executivo da Unique Cafés localizada na Mantiqueira, disse que sua empresa coopera há mais de oito anos com seus parceiros chineses, atuando na promoção e venda de cafés especiais na China.
A Unique Cafés também participou diversas vezes da Exposição Internacional de Importação da China, em Shanghai, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
“O mercado chinês está impulsionando o crescimento das exportações brasileiras de café”, disse Helcio.
A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, em Minas Gerais, afirmou recentemente que a China é um dos países mais promissores para a importação de café brasileiro de alta qualidade no futuro, e expandir o negócio cafeeiro no mercado chinês será um esforço importante no futuro.
Uma funcionária de uma empresa de café prepara café.(Fotos: Shi Yuanhao/Diário do Povo)
A brasileira CarmoCoffees, que atua principalmente na exportação de grãos de café, envia frequentemente seu trader, Brayan Cunha Souza, para participar de importantes feiras realizadas em cidades chinesas.
“Em muitas cidades chinesas, é possível ver cada vez mais cafeterias surgindo nas ruas e becos. A demanda no mercado chinês por café brasileiro, especialmente café especial, continua crescendo”, disse Brayan.
As marcas brasileiras de café atribuem grande importância ao mercado chinês e continuarão a fortalecer a cooperação com parceiros chineses, acrescentou ele.
“Existem certas diferenças entre as regiões produtoras de café do Brasil, por isso podemos fornecer cafés com sabores diversos”, disse Eduardo Heron Santos, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.
Ele acrescentou que o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil está empenhado em investir em pesquisas sobre variedades e sabores de café para atender ainda mais às demandas diversificadas do mercado cafeeiro chinês.