A paranoia do Ocidente sobre o "excesso de capacidade" da China em energia limpa é uma falsa proposição, informou a Bloomberg.
No momento, o grande problema para a tecnologia limpa é principalmente o fato de que grande parte do mundo está preocupada com o que é considerado como excesso de capacidade chinesa, disse o colunista da Bloomberg David Fickling, em um artigo de opinião no sábado.
O forte crescimento do setor eólico da China levou o Ocidente a reclamar que a ambição da China está baixando os preços e deixando pouco espaço para que outros países desenvolvam seus próprios setores de tecnologia limpa.
"Esse protecionismo é errado do ponto de vista econômico e servirá apenas para retardar a transição energética", disse Fickling no artigo intitulado "A China está mantendo o sopro da revolução da energia eólica".
Somente na China a cadeia de suprimentos é suficiente para manter o crescimento da energia eólica sem obstáculos, disse o colunista, explicando que a China domina a cadeia de suprimentos de energia eólica, mas em grande parte porque também domina a demanda.
"Isso desmente a paranoia sobre as ambições de tecnologia limpa da China observada nas últimas semanas", escreveu ele. Na medida em que há motivos para esperança em relação à transição energética no momento, isso se deve em grande parte à disponibilidade de produtos chineses baratos e limpos.
A promoção da quarta revolução industrial para reconectar os sistemas de energia do mundo exige um apoio governamental acolhedor, seja na China, nos Estados Unidos ou na Europa, em vez de dar início a uma batalha comercial destrutiva.
"Se as ferramentas para evitar o aquecimento global estão sendo construídas em uma escala que essa tarefa exige, não se trata de excesso de capacidade. É apenas o nível básico de capacidade que o mundo precisa", disse Fickling.
