O vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil precisa reagir sobre a produção de gás natural para que os custos não fiquem ainda menos competitivos, algo que prejudica a indústria nacional.
"Para industrialização precisamos de competitividade nos insumos, e um dos importantes é o gás natural. É caro e tem tudo para piorar", disse Alckmin durante um evento de lançamento de diagnóstico sobre a abertura do mercado de gás natural no Brasil, resultado de estudos conduzidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo Alckmin, a perspectiva de encarecimento do gás brasileiro se dá porque, quando comparada às produções de países vizinhos como a Bolívia, a produção nacional é mais complexa, com fontes distantes das costas.
O vice-presidente defendeu que a desburocratização é um dos caminhos necessários para a industrialização do país. "É preciso ter uma desburocratização no sentido de reduzir custos e facilitar a produção", disse.
Alckmin destacou também que é necessário "fazer uma exaustiva revisão sobre o preço do gás natural" no Brasil.
No mesmo evento, o governo brasileiro anunciou uma parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a FGV para manter um observatório de avaliação da execução de políticas públicas para o setor de gás natural. Este observatório deverá contar com a participação dos estados, o que servirá para harmonizar a agenda regulatória.
Na avaliação de Rogério Caiuby, conselheiro executivo do MBC, o documento contribui para impulsionar o mercado de gás ao fornecer "insumos claros e precisos sobre as complexidades do tema".
"Este documento marca o início de um projeto conjunto para uma jornada de longo prazo que busca tornar este mercado mais competitivo e dinâmico", afirmou.