A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, em inglês), ou Banco do BRICS, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que a entidade destinará US$ 1,115 bilhão ao estado brasileiro do Rio Grande do Sul para ajudar na reconstrução do estado, que vive as piores inundações de sua história e na prevenção de catástrofes na região.
"Quero dizer ao povo do Rio Grande do Sul que pode contar comigo e com o NDB neste momento difícil", escreveu Rousseff, ex-presidente do Brasil, em seu perfil nas redes sociais. "Conversei com o presidente Lula e com o governador (do Rio Grande do Sul), Eduardo Leite, para tratarmos dessa situação dramática e definirmos como poderíamos prestar ajuda financeira."
"Quero reiterar minha solidariedade com o povo do Rio Grande do Sul e com os governos federal e estadual. O Banco do BRICS está comprometido e trabalhará para reconstruir e restaurar a infraestrutura do estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruírem suas vidas", acrescentou.
Rousseff disse que o Novo Banco de Desenvolvimento destinará recursos sem burocracia ao Rio Grande do Sul através da ação direta e também através de parcerias com outras instituições financeiras brasileiras, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Rousseff declarou que a instituição financeira multilateral que dirige, fundada em 2015 pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que hoje também é integrada por Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos, é solidária.
Do total do valor anunciado, pouco menos da metade, cerca de US$ 500 milhões do Banco do BRICS serão transferidos através do BNDES, sendo US$ 250 milhões para pequenas e médias empresas e outros US$ 250 milhões para obras de proteção ao meio ambiente, infraestruturas, tratamento de águas e esgoto e prevenção de catástrofes.
Com o Banco de Desenvolvimento Regional do Extremo Sul (BRDE), se liberará imediatamente US$ 20 milhões para projetos de desenvolvimento urbano e mobilidade e recursos hídricos. Outros US$ 295 milhões previstos no contrato do BRDE, que está em processo de aprovação definitiva, serão destinados ao desenvolvimento urbano e rural, ao saneamento básico e às infraestruturas sociais.