Mais quatro pessoas foram localizadas sem vida nas últimas horas no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, aumentando para 161 o número de mortes causadas pelas piores tempestades e inundações que castigam o estado desde 29 de abril.
Segundo o último boletim divulgado nesta terça-feira pela Defesa Civil local, o número de mortos pode aumentar nos próximos dias visto que ainda há 85 desaparecidos e 806 feridos nos 467 dos 497 municípios afetados pela catástrofe.
As tempestades e inundações no Rio Grande do Sul afetaram a mais de 2,3 milhões de pessoas de áreas rurais e urbanas, sobretudo na zona metropolitana de Porto Alegre, a capital do estado.
Além disso, o estado registra 653,1 mil pessoas fora de casa, somando quem está em abrigos e quem está na casa de parentes ou amigos.
Ainda de acordo com o boletim da Defesa Civil do estado de Rio Grande do Sul, fronteiriço com Argentina e Uruguai, 82.666 pessoas e 12.358 animais foram resgatados pelas forças de segurança, socorristas e voluntários.
Em Porto Alegre e no município vizinho de Canoas, as águas do rio Guaíba estão baixando de nível, o que tem permitido que as pessoas possam voltar a suas casas.
A prefeitura da cidade também retomou esta semana as aulas da educação primária em algumas escolas, enquanto se discute a construção de locais temporários para abrigar os alunos.
O governo do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, criou um Ministério Extraordinário de apoio aos trabalhos de reconstrução do estado e para acelerar as obras necessárias, bem como o envio de fundos aos municípios atingidos pelas cheias dos rios.
O aeroporto internacional de Porto Alegre continua fechado por tempo indeterminado e o governo brasileiro autorizou a abertura da base aérea de Canoas da Força Aérea para voos comerciais.
O estado do Rio Grande do Sul é um polo agrícola e pecuário do Brasil, bem como o principal produtor de arroz da América Latina.