O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quarta-feira, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, que o desenvolvimento do turismo ambiental e da bioeconomia é a chave para a preservação das florestas e para a economia dos estados que têm reservas ambientais.
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto com a participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi assinada a Estratégia Nacional de Bioeconomia, que prevê a elaboração de um plano nacional para o setor.
Segundo o presidente, a rica biodiversidade da Amazônia deve ser cuidada e seu uso deve ser sustentável em benefício das populações locais em atividades como o turismo.
"Poderíamos converter esta riqueza que a humanidade tem hoje em algo extraordinário, para poder desenvolver economicamente os estados do norte do país, porque não querem ser extrativistas para sempre, querem seguir tendo acesso ao desenvolvimento, à exploração financeira não apenas na produção agrícola, na criação de gado, mas na questão do turismo", afirmou.
"Temos uma riqueza imensa, entretanto nós não temos uma política de desenvolvimento do turismo para visitar essas nossas florestas. Nós fizemos tantas reservas aqui, agora é importante que, junto com isso, a gente pense no desenvolvimento dos estados", acrescentou.
Na ocasião, foram assinados diversos decretos, entre eles, os que criam as unidades de conservação Reserva de Vida Silvestre do Sauim-de-Coleira, no município de Itacoatiara (AM), e o Monumento Natural das Cavernas, em São Desidério (BA). Foi instituída ainda a Estratégia Nacional de Bioeconomia, que prevê a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia.
Durante a cerimônia, a ministra Marina Silva apresentou um balanço das ações governamentais na região, e, junto com os governadores dos estados que compõem a Amazônia e o Pantanal, assinou o Pacto para a Prevenção e o Controle de Incêndios.