A China está pronta para trabalhar com a Hungria para implementar o importante consenso alcançado pelos líderes dos dois países e manter as relações China-Hungria na vanguarda das relações China-Europa, disse na terça-feira o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as declarações por meio de um telefonema com o ministro húngaro das Relações Exteriores e Comércio, Peter Szijjarto.
Wang disse que, durante a bem-sucedida visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Hungria há pouco tempo, ele e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciaram conjuntamente a elevação das relações China-Hungria a uma parceria estratégica abrangente para a nova era, injetando forte impulso no desenvolvimento das relações bilaterais.
Felicitando a Hungria pela sua próxima presidência rotativa da União Europeia (UE), Wang sublinhou que a China sempre apoiou a integração europeia e a independência estratégica da UE, e considera o lado europeu como um parceiro importante no caminho chinês para a modernização.
Observando que a China mantém um alto grau de estabilidade e continuidade em sua política em relação à Europa, Wang disse que se espera que o lado europeu siga uma política racional e pragmática em relação à China, mantenha uma postura aberta e trabalhe com a China para garantir o desenvolvimento sólido e estável das relações China-Europa.
Acredita-se que a Hungria desempenhará um papel positivo e construtivo na interação sólida entre a China e a Europa, acrescentou.
Szijjarto disse que a visita de Xi à Hungria foi um sucesso completo com resultados frutíferos. Os resultados positivos nas relações amistosas Hungria-China demonstraram que o aprofundamento da cooperação com a China está alinhado com os interesses fundamentais da Europa.
Ele disse que a Hungria está disposta a aproveitar a oportunidade de assumir a presidência rotativa da UE para promover o entendimento mútuo entre a Europa e a China, aumentar a eficiência da cooperação, opor-se ao protecionismo e insistir em resolver os atritos comerciais por meio do diálogo e da consulta.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre a questão da Ucrânia. Szijjarto disse que os "seis entendimentos comuns" emitidos conjuntamente pela China e pelo Brasil estabeleceram uma boa base para futuras negociações de paz, observando que a Hungria concorda plenamente com esta importante iniciativa de paz e agradece à China por sua contribuição para a paz.
Wang disse que, com o conflito continuando a se arrastar e até se intensificar, o mundo precisa de vozes mais objetivas, equilibradas e construtivas e de esforços mais pragmáticos e eficazes para promover a paz. A China continuará a trabalhar com todos os países com ideias semelhantes para acumular fatores para a paz e fazer esforços incessantes para finalmente alcançar negociações de paz.