O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na segunda-feira que cabe ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avaliar se deve ou não concorrer à reeleição em novembro próximo.
Sua atuação no primeiro debate contra o ex-presidente Donald Trump levantou questões sobre a saúde de Biden, de 81 anos, para um segundo mandato.
"Acho que Biden tem o problema de andar mais devagar, demorar mais para responder às coisas, possivelmente ele está pensando. Mas é Biden quem sabe do estado de Biden", disse Lula durante entrevista na Bahia (nordeste).
"Se ele está bem, é candidato. Se ele acha que está bem, ótimo. Mas se não estiver, é melhor que tomem uma decisão", acrescentou o líder brasileiro.
Para Lula, a eleição nos Estados Unidos é importante pelo impacto que pode ter para o resto do mundo.
"Dependendo de quem vencer e da política externa que os Estados Unidos pretendem, podemos melhorar o mundo ou torná-lo pior. E penso que precisamos de melhorar o mundo, o mundo precisa ser mais humano, mais solidário, mais fraterno, mais humanista, essa é a verdade - as pessoas estão muito raivosas, muito irritadas", comentou.
"Então, eu fico torcendo pelo Biden", disse Lula. Não obstante, afirmou que "é difícil dar palpite" no processo eleitoral de outros países pois é preciso conviver com quem ganhou as eleições.
"Então, você tem que tomar cuidado para não criar animosidades", acrescentou o presidente brasileiro.
No dia 27 de junho, o ex-presidente republicano Donald Trump, de 78 anos, e o presidente democrata Joe Biden (81) realizaram o primeiro debate da corrida eleitoral. O próprio presidente reconheceu seu desempenho fracassado, mas no dia seguinte disse que pretende derrotar o rival.
Os líderes do Partido Democrata descartaram neste momento a possibilidade de substituir o presidente dos EUA como candidato democrata.