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Brasil afirma perante o G20 que quer ser exemplo global na transição energética

Fonte: Xinhua    26.07.2024 13h27

O governo brasileiro afirmou na quinta-feira, em reunião do G20, que quer ser um exemplo para o mundo na transição energética e defendeu uma maior distribuição de riqueza no mundo.

Em reunião em Fortaleza (nordeste do Brasil) com os ministros que compõem o setor de Emprego do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo além da União Europeia e da União Africana, o Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil, Luiz Marinho, citou o país como exemplo rumo à transição energética.

"O nosso compromisso atual não se limita à criação de empregos, mas à promoção de uma transição justa para o desenvolvimento sustentável. Já ajustamos as metas climáticas e reduzimos o desmatamento na Amazônia. O Brasil quer ser exemplo de transição energética", comentou Marinho.

O representante brasileiro destacou que "a crise climática não é um problema do futuro, mas de hoje. Já está afetando a economia e os empregos", e citou como exemplo as históricas enchentes que o estado do Rio Grande do Sul sofreu recentemente, que mataram centenas de pessoas e deixaram 600 mil desabrigados.

Marinho também alertou sobre os riscos que o aumento da temperatura do planeta representa para os trabalhadores. "É por isso que a luta pelo trabalho digno é de todos", ressaltou.

Na mesma reunião, o ministro do Trabalho da Índia, Sushri Shobha Karandlaje, e o ministro da África do Sul, Nomakhosazana Meth, defenderam a urgência de medidas para reduzir os gases de carbono e promover uma transição justa e sustentável.

Para Shobha Karandlaje, a descarbonização é necessária para uma transição justa e explicou que a Índia tomou decisões importantes rumo a uma economia verde. "A transição justa é um desafio global que deve ser enfrentado pelo G20 e pelos fóruns internacionais", destacou.

Por sua vez, Meth afirmou que o seu país está comprometido com as alterações climáticas e já se prepara para desastres naturais. "As crises climáticas já estão a ter impacto e o G20 deve liderar medidas mais fortes para uma transição justa", disse ele.

Luiz Marinho também defendeu a necessidade de tributar os bilionários. "Temos que assumir essa responsabilidade. A divisão do rendimento não é justa, não falta riqueza, falta distribuição justa da riqueza", argumentou.

A reunião dos ministros do Trabalho do G20, em Fortaleza, foi uma das realizadas no Brasil esta semana, coincidindo com a presidência rotativa do país no Grupo, que termina no final de novembro. 

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