O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na terça-feira a seu colega dos Estados Unidos, Joe Biden, que a posição de seu governo em relação à Venezuela é "continuar trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, o que terá efeitos positivos para toda a região", informou o Palácio do Planalto.
Lula conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a situação na Venezuela, horas depois de ter dado uma entrevista exclusiva à TV Centro América, filial da TV Globo no estado de Mato Grosso, na qual afirmou estar "convencido" de que as eleições na Venezuela foram "um processo normal".
Segundo nota divulgada pela Presidência, Lula destacou para Biden que "tem acompanhado constantemente o processo eleitoral por meio de seu Assessor Especial, Celso Amorim, enviado a Caracas".
"Informou que Amorim se reuniu com o presidente Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia (candidato da oposição) e reiterou a posição do Brasil de continuar trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, o que terá efeitos positivos para toda a região", acrescentou o comunicado.
Na conversa telefônica, o presidente do Brasil reiterou que a publicação das atas eleitorais da votação do último domingo é fundamental, e Biden concordou com a importância da publicação.
Segundo o Planalto, os dois líderes conversaram durante cerca de meia hora e, além da situação da Venezuela, falaram sobre questões bilaterais e multilaterais. Lula convidou Biden para participar de uma reunião de países democráticos contra o extremismo, que será realizada em setembro próximo, em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.
No final da conversa, o presidente brasileiro felicitou Biden pela sua decisão "magnânima" em relação ao processo eleitoral nos EUA e desejou sucesso democrático ao país nas eleições presidenciais de novembro.
Biden confirmou presença na Cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro em novembro, e desejou sucesso à presidência brasileira à frente do grupo.