A Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Máquinas e Produtos Eletrônicos expressou na quarta-feira sua forte objeção ao plano da Comissão Europeia de impor tarifas de até 36,3% sobre as importações de veículos elétricos chineses.
Em um comunicado, o órgão da indústria disse que a investigação antissubsídios da comissão sobre os veículos elétricos chineses não se originou de uma reclamação da indústria da União Europeia (UE), careceu de transparência e não forneceu uma análise objetiva dos danos à indústria da UE.
As decisões errôneas divulgadas no projeto de plano da comissão para cobrar tarifas definitivas sobre os veículos elétricos chineses careciam de objetividade e justiça, e uma tendência a conclusões predefinidas era muito óbvia, disse.
Na terça-feira, a comissão publicou um projeto de plano para tornar as tarifas definitivas, a taxas ligeiramente revisadas, sujeitas à aprovação dos Estados-membros da UE. Isso ocorreu após o anúncio de tarifas provisórias extras de até 37,6% sobre os fabricantes chineses de veículos elétricos em julho. O bloco lançou sua investigação antissubsídios sobre veículos elétricos chineses em outubro de 2023.
A China, com a maior sinceridade, realizou várias rodadas de consultas técnicas com o lado europeu desde que a comissão anunciou que imporia tarifas adicionais provisórias no mês passado, diz o comunicado da câmara.
Apesar desses esforços, a câmara disse que o lado europeu ignorou os fatos e as regras antissubsídios da OMC e da UE. Isso interromperá a cadeia industrial automotiva global e dificultará a realização dos objetivos globais de desenvolvimento verde e sustentável, aponta o comunicado.
O texto pede veementemente a Comissão Europeia a proceder à luz dos interesses gerais da cooperação China-UE, a trabalhar em sincronia com a China e a chegar a uma solução equilibrada.
