O governo brasileiro afirmou na última sexta-feira que não assinou o comunicado que refuta o resultado eleitoral na Venezuela por não concordar com o tom e o conteúdo do texto.
O comunicado, divulgado anteriormente, é assinado pelos Estados Unidos, União Europeia e por outros dez países latino-americanos, além da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Os signatários afirmam que as eleições na Venezuela foram fraudadas. Na quinta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela reconheceu o atual presidente, Nicolás Maduro, como vencedor das eleições.
Segundo fontes da chancelaria brasileira, citadas pelo portal de notícias G1, o Brasil justificou a não assinatura do comunicado por ser um dos únicos países que ainda conversa com os dois lados da política venezuelana e deve permanecer firme na exigência de transparência.
As eleições venezuelanas completarão um mês na próxima semana. Desde então, na ausência das atas eleitorais, e com o governo e a oposição a declararem-se vencedores, o governo brasileiro adotou a mesma posição: não reconhece nem refuta o resultado e continua a exigir que a Venezuela apresente as atas.
O Brasil continua em negociações com a Colômbia, país que também possui uma extensa área fronteiriça com a Venezuela e também está em contato com a oposição e situação venezuelana.