Recentemente, vários internautas chineses têm comentado as inundações no Deserto de Taklamakan, em Xinjiang. Vídeos diversos mostram as inundações cobrindo estradas, fazendo com que muitos veículos parassem, dificultando o trânsito.
Vários internautas comentaram: "Nunca vi uma inundação no deserto", "Viver bastante tempo te faz ver de tudo", "De onde veio essa água? Alguém pode explicar?".
Na verdade, as inundações no Deserto de Taklamakan não são assim tão raras.
Em julho de 2021, o campo de exploração de petróleo Yuqi, da Sinopec, localizado no Deserto de Taklamakan, foi atingido por uma inundação que abrangeu uma área de mais de 300 quilômetros quadrados. A enchente danificou estradas, rompeu barragens, inclinou postes elétricos, e danificou cerca de 50 veículos de exploração e 30 mil conjuntos de equipamentos.
Vários internautas perguntaram: "Como pode haver inundações em Xinjiang, uma região tão longe do mar e no maior deserto da China, o Taklamakan?".
De fato, Xinjiang está afastada do oceano e situada no interior do país, com um clima continental temperado típico e pouca precipitação. No entanto, as inundações são um dos principais desastres naturais da região.
Xinjiang possui diversas cadeias montanhosas que capturam grandes quantidades de umidade, resultando em chuvas e nevascas na região. A área de geleiras em Xinjiang representa cerca de 44% do total de geleiras da China. Na primavera e no verão, com o aumento das temperaturas, grandes quantidades de neve e gelo derretem, causando o aumento súbito dos níveis dos rios, o que pode resultar em inundações.
Devido às mudanças climáticas e à topografia, há várias tempestades nas regiões montanhosas médias e baixas de Xinjiang. Durante a primavera e o verão, o derretimento da neve, combinado com as chuvas fortes, pode desencadear inundações em grandes rios.
Segundo informações, em 26 de agosto, o Serviço Meteorológico de Xinjiang emitiu um alerta prevendo chuvas fortes em partes do oeste de Xinjiang entre os dias 28 e 31 de agosto.
O Serviço Meteorológico de Xinjiang alertou sobre a necessidade de prevenir os impactos negativos das chuvas fortes e do clima severo no turismo, transporte, recursos hídricos e produção agrícola e pecuária, além de reforçar as medidas contra enchentes, deslizamentos de terra, desmoronamentos e outros desastres secundários nas montanhas, assim como enchentes híbridas na bacia do Rio Tarim.