A temperatura média de agosto na China foi de 22,6 °C, 1,5 °C mais alta do que no mesmo período em um ano típico, marcando a maior temperatura para o mesmo período desde 1961, de acordo com uma autoridade meteorológica.
Em entrevista coletiva convocada pela Administração Meteorológica da China na quinta-feira, Jia Xiaolong, vice-diretor do Centro Nacional do Clima, disse que durante o mês que acabou de terminar, as regiões do norte vivenciaram episódios frequentes e severos de chuvas intensas, enquanto as regiões do sul registraram altas temperaturas generalizadas e prolongadas.
A maior parte da região de Jianghuai, da área de Jiangnan, bem como a cidade de Chongqing e do leste a província de Sichuan, registraram mais de 15 dias de altas temperaturas, disse ele.
Jianghuai se refere à área em redor dos cursos inferiores do Rio Huai e do Rio Yangtze nas províncias de Jiangsu, Anhui e Henan, enquanto Jiangnan se refere à área ao sul do Rio Yangtze.
"Dezoito estações meteorológicas nacionais, incluindo a estação de Yiwu (42,8 Cº) na província de Zhejiang, registraram temperaturas máximas diárias que atingiram ou excederam recordes históricos", acrescentou Jia.
Em termos de precipitação, Jia disse que a média nacional em agosto foi de 97,3 mm, 9,2% menos que o mesmo período de um ano normal, com mais precipitação no norte e menos no sul.
Ele também disse que 101 estações meteorológicas nacionais atingiram padrões extremos de precipitação diária, com 14 estações, incluindo a do município de Yangshan, na província de Liaoning (241,2 mm), quebrando recordes históricos.
Nos próximos 10 dias, a Administração Meteorológica da China prevê que o norte do país assista a três eventos de precipitação, principalmente de chuvas leves a moderadas, e que a Bacia de Sichuan, a área de Jiangnan e as partes do norte do sul da China devem experimentar de cinco a 10 dias de altas temperaturas variando de 35 a 38 Cº, com algumas áreas atingindo os 39 a 40 Cº.
A precipitação acumulada nas áreas ao longo das Montanhas Tianshan, na região autônoma Uygur de Xinjiang, no noroeste da China, nas partes central e ocidental da região autônoma da Mongólia Interior, nas partes mais norte da China e nas partes leste e sul do nordeste será de 30 a 60 mm, com algumas áreas recebendo precipitação chegando a 80 a 110 mm.
"A precipitação acumulada nessas regiões é de 20 a 70 por cento maior do que no mesmo período de um ano normal, com algumas zonas vendo até o dobro da quantidade normal", observou Jia.
Ele alertou que chuvas intensas e o clima chuvoso contínuo nessas áreas podem desencadear desastres secundários e ter efeitos adversos nas colheitas de outono.