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Brasil levará ao G20 sua preocupação com efeitos das ondas de calor sobre pessoas

Fonte: Xinhua    10.09.2024 14h07

O Brasil levará para a cúpula do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, sua preocupação com os efeitos das ondas de calor na saúde humana, afirmou, nesta segunda-feira, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em um evento no Rio de Janeiro no âmbito do G20, que contou com a presença dos institutos nacionais de saúde pública dos países membros do bloco, Trindade destacou que as ondas de calor afetam principalmente os idosos e os mais vulneráveis.

"As ondas de calor têm um efeito muito forte na saúde, especialmente nos idosos e mais vulneráveis, e na sociedade como um todo, podendo causar não só problemas cardiovasculares e desidratação. São pontos de preocupação e de grande alerta", disse a ministra.

A conferência é a primeira reunião de institutos nacionais de saúde pública no âmbito do G20, que está sob a presidência temporária do Brasil. No total, são mais de 120 instituições, presentes em uma centena de países. No Brasil, a função de instituto nacional cabe à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A ministra Trindade destacou que as ondas de calor não afetam apenas a saúde humana. "Afetam as condições de pesca, as condições do ar e tudo isso afeta até a possibilidade de uso racional e sustentável da biodiversidade. É um impacto enorme. Por isso é tão importante que o Brasil se prepare para essa agenda tanto no G20 quanto na COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em novembro de 2025 em Belém)", comentou.

A ministra explicou que a preocupação com as ondas de calor insere-se em um dos quatro eixos prioritários da conferência dos institutos nacionais de saúde pública: alterações climáticas e saúde.

Além das alterações climáticas e da saúde, as outras três questões prioritárias são: preparação e resposta a emergências sanitárias; saúde digital para expandir o acesso à saúde e à integração de dados; e equidade no acesso à saúde.

Esta última é considerada por Trindade como uma questão "transversal", uma vez que está presente em todas as prioridades.

Sobre a preparação para emergências, Nísia Trindade acrescentou que existe uma proposta de "aliança para a produção local e regional de vacinas, medicamentos e garantia de acesso a estes bens de saúde".

A conferência vai até esta quarta-feira no Rio de Janeiro, quando os participantes farão uma declaração que será enviada aos ministros da Saúde do G20. O objetivo é que as prioridades cheguem aos chefes de estado na cúpula que será realizada na cidade carioca em novembro.

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