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China pede à UE que volte ao caminho correto de resolver disputas comerciais através de consultas, diz Ministério do Comércio

Fonte: Xinhua    06.10.2024 09h45

A China pediu à Comissão Europeia que tome medidas concretas para implementar sua vontade política e voltar ao caminho certo para resolver as fricções comerciais por meio de consultas, disse um porta-voz do Ministério do Comércio na sexta-feira.

As observações foram feitas depois que a proposta da comissão de impor tarifas compensatórias definitivas sobre as importações de veículos elétricos a bateria da China obteve o apoio necessário dos Estados Membros da União Europeia (UE) para a adoção de tarifas.

"A China se opõe firmemente ao projeto de decisão final do lado da UE, mas também observou sua vontade política de continuar a resolver a questão por meio de negociações", disse o porta-voz, observando que as equipes técnicas de ambos os lados continuarão com suas negociações em 7 de outubro.

O ministério pediu que o lado da UE esteja claramente ciente dos danos da imposição de tarifas adicionais, uma vez que isso não resolverá nenhum problema, mas apenas abalará a confiança e a determinação das empresas chinesas e as impedirá de realizar cooperação de investimentos na Europa.

"A posição da China é consistente e clara. A China se opõe firmemente às práticas protecionistas injustas, ilegais e irracionais da UE nesse caso, e se opõe resolutamente à tarifa compensatória adicional da UE sobre os veículos elétricos chineses", disse o porta-voz.

As práticas protecionistas da UE violam seriamente as regras da OMC e perturbam a ordem normal do comércio internacional, prejudicando não apenas a cooperação comercial e de investimentos entre a China e a UE, mas também a transição verde da UE, com um impacto negativo na resposta climática global, observou o porta-voz.

O porta-voz disse que a China implementou o consenso alcançado pelos líderes dos dois lados, sempre tendo em mente os interesses gerais da parceria estratégica abrangente China-UE, e sempre manteve a máxima sinceridade em lidar adequadamente com as diferenças por meio de diálogo e consulta.

Desde o final de junho, os dois lados realizaram mais de 10 consultas técnicas envolvendo chefes de departamentos de subministérios e duas consultas vice-ministeriais sobre o caso.

Em 19 de setembro, o ministro do Comércio, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, mantiveram conversas abrangentes, profundas e construtivas, disse o porta-voz, acrescentando que ambos expressaram claramente a vontade política de resolver as diferenças por meio de consultas e concordaram em iniciar conversas de compromisso de preço para evitar a escalada das fricções comerciais.

Nos 14 dias seguintes, equipes técnicas de ambos os lados realizaram seis rodadas de consultas. Ao longo do processo, repetidamente, o lado chinês ouviu plenamente as demandas e opiniões das indústrias chinesas e europeias, demonstrando sua atitude aberta e cooperativa e exercendo o máximo de flexibilidade, de acordo com o porta-voz.

"A China tomará todas as medidas possíveis para defender firmemente os interesses das empresas chinesas", acrescentou o porta-voz.

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