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Senado brasileiro aprova nome indicado por Lula para presidir o Banco Central

Fonte: Xinhua    09.10.2024 13h28

O Senado brasileiro aprovou nesta terça-feira o nome do economista Gabriel Galípolo, 42 anos, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para presidir a autoridade monetária no período 2025-2029.

O indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro, recebeu 66 votos a favor, 5 contra e não houve abstenções.

Antes da votação no plenário, o nome de Galípolo havia sido aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado após ser sabatinado.

Durante a audiência perante a Comissão esta manhã, Galípolo garantiu que o presidente Lula da Silva lhe deu garantias de que terá plena liberdade para ditar os rumos da política monetária, principal responsabilidade do Banco Central, durante a sua gestão.

A legislação garante ao Banco Central autonomia em relação ao governo, estabelecendo mandatos para os diretores e para o presidente da instituição, que não coincidem com o mandato do Presidente da República, embora seja ele o responsável pelas nomeações.

Em depoimento aos senadores, Galípolo disse que Lula foi "enfático" sobre sua autonomia à frente da instituição em todas as ocasiões em que se reuniu com o presidente.

"Todas as vezes que tive a oportunidade de me reunir com o presidente Lula, ouvi de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser pautado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro, e deveria ser apenas no interesse do bem-estar de cada brasileiro", afirmou.

Gabriel Galípolo atuou na campanha de Lula à Presidência da República e na equipe de transição de governo. No ano passado, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a função mais importante da pasta depois da de ministro antes de ser indicado e aprovado para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central.

Foi presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021, e se aproximou do governista Partido dos Trabalhadores (PT) em 2021.

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