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ONU denuncia veementemente ataque terrorista em Karachi

Fonte: Diário do Povo Online    10.10.2024 09h54

Um carro destruído no local de um ataque terrorista perto do Aeroporto Internacional de Jinnah, em Karachi, capital da província de Sindh, no sul do Paquistão, em 7 de outubro de 2024. [Foto/Xinhua]

O Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu uma declaração na terça-feira (8) condenando veementemente o ataque terrorista na cidade portuária de Karachi, no sul do Paquistão, na noite de domingo (6), que matou dois chineses e vários cidadãos paquistaneses.

O Conselho de Segurança “condenou nos termos mais fortes o hediondo e covarde ataque terrorista perto do Aeroporto Internacional de Jinnah”, disse o comunicado.

A embaixada chinesa no Paquistão disse que pelo menos dois cidadãos chineses foram mortos e outro ferido quando o seu trem foi atacado perto do aeroporto.

A embaixada disse que o ataque, ocorrido por volta das 23h, teve como alvo um trem que transportava funcionários chineses da Port Qasim Electric Power Co.

O Conselho de Segurança expressou as suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e aos governos da China e do Paquistão, e desejou uma recuperação rápida e completa aos feridos, afirmou o comunicado.

O Conselho reafirmou que o terrorismo, em todas as formas e manifestações, constitui uma das ameaças mais graves à paz e segurança internacionais, sublinhando a necessidade de responsabilizar os perpetradores, organizadores, financiadores e patrocinadores destes atos e levá-los à justiça.

O conselho instou todos os estados, de acordo com as suas obrigações ao abrigo do direito internacional e das resoluções relevantes do Conselho de Segurança, a cooperarem ativamente com os governos da China e do Paquistão, bem como com todas as outras autoridades relevantes.

"Os membros do Conselho de Segurança reiteraram que quaisquer atos de terrorismo são criminosos e injustificáveis, independentemente da sua motivação, quando e onde quer que sejam cometidos, e por quem quer que os cometa", disse o comunicado, afirmando também a necessidade de todos os Estados combaterem por todos os meios, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional, as ameaças à paz e à segurança internacionais causadas por atos terroristas.

O grupo banido Exército de Libertação do Baluchistão assumiu a responsabilidade pelo ataque. Na segunda-feira, a embaixada chinesa no Paquistão instou os cidadãos chineses a reconsiderarem os planos de viagem para o país após o ataque. Também aconselhou os cidadãos chineses a evitarem viajar para a província do Baluchistão, no sudoeste, e para a província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste.

Um homem-bomba colidiu, em 26 de março, com um veículo contra um trem de engenheiros chineses que trabalhavam em um projeto de barragem realizado por uma empresa chinesa. Os engenheiros estavam a caminho de Islamabad, capital do Paquistão, para seu acampamento no local de construção da barragem em Dasu, Khyber Pakhtunkhwa. Cinco cidadãos chineses e um paquistanês foram mortos no ataque.

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