Um carro destruído no local de um ataque terrorista perto do Aeroporto Internacional de Jinnah, em Karachi, capital da província de Sindh, no sul do Paquistão, em 7 de outubro de 2024. [Foto/Xinhua]
O Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu uma declaração na terça-feira (8) condenando veementemente o ataque terrorista na cidade portuária de Karachi, no sul do Paquistão, na noite de domingo (6), que matou dois chineses e vários cidadãos paquistaneses.
O Conselho de Segurança “condenou nos termos mais fortes o hediondo e covarde ataque terrorista perto do Aeroporto Internacional de Jinnah”, disse o comunicado.
A embaixada chinesa no Paquistão disse que pelo menos dois cidadãos chineses foram mortos e outro ferido quando o seu trem foi atacado perto do aeroporto.
A embaixada disse que o ataque, ocorrido por volta das 23h, teve como alvo um trem que transportava funcionários chineses da Port Qasim Electric Power Co.
O Conselho de Segurança expressou as suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e aos governos da China e do Paquistão, e desejou uma recuperação rápida e completa aos feridos, afirmou o comunicado.
O Conselho reafirmou que o terrorismo, em todas as formas e manifestações, constitui uma das ameaças mais graves à paz e segurança internacionais, sublinhando a necessidade de responsabilizar os perpetradores, organizadores, financiadores e patrocinadores destes atos e levá-los à justiça.
O conselho instou todos os estados, de acordo com as suas obrigações ao abrigo do direito internacional e das resoluções relevantes do Conselho de Segurança, a cooperarem ativamente com os governos da China e do Paquistão, bem como com todas as outras autoridades relevantes.
"Os membros do Conselho de Segurança reiteraram que quaisquer atos de terrorismo são criminosos e injustificáveis, independentemente da sua motivação, quando e onde quer que sejam cometidos, e por quem quer que os cometa", disse o comunicado, afirmando também a necessidade de todos os Estados combaterem por todos os meios, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional, as ameaças à paz e à segurança internacionais causadas por atos terroristas.
O grupo banido Exército de Libertação do Baluchistão assumiu a responsabilidade pelo ataque. Na segunda-feira, a embaixada chinesa no Paquistão instou os cidadãos chineses a reconsiderarem os planos de viagem para o país após o ataque. Também aconselhou os cidadãos chineses a evitarem viajar para a província do Baluchistão, no sudoeste, e para a província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste.
Um homem-bomba colidiu, em 26 de março, com um veículo contra um trem de engenheiros chineses que trabalhavam em um projeto de barragem realizado por uma empresa chinesa. Os engenheiros estavam a caminho de Islamabad, capital do Paquistão, para seu acampamento no local de construção da barragem em Dasu, Khyber Pakhtunkhwa. Cinco cidadãos chineses e um paquistanês foram mortos no ataque.