A China e a União Europeia (UE) ainda não chegaram a uma solução mutuamente aceitável sobre o caso de antissubsídios da UE envolvendo veículos elétricos chineses, apesar do importante progresso em certas áreas, disse o Ministério do Comércio da China no último sábado.
A China convidou formalmente a UE a enviar uma equipe técnica para realizar a próxima fase de consultas presenciais, disse um porta-voz do ministério em resposta a uma pergunta relevante, observando que a atitude e a sinceridade da China em buscar uma solução por meio de diálogo e consulta não mudaram.
A China espera que a UE organize a visita o mais rápido possível e promova as consultas com uma atitude construtiva para chegar a uma solução adequada em uma data próxima, disse o porta-voz.
As equipes técnicas dos dois lados realizaram oito rodadas de negociações intensivas desde 20 de setembro em Bruxelas, mas as grandes diferenças ainda permanecem, disse o porta-voz.
O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo e comissário do Comércio da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, mantiveram conversações em 19 de setembro, durante as quais concordaram em levar adiante as negociações sobre um acordo de compromisso de preços e se comprometeram totalmente a alcançar uma solução mutuamente aceitável por meio de diálogo e consultas.
Durante as últimas rodadas de negociações, a China considerou plenamente as demandas e opiniões das indústrias chinesas e europeias e propôs repetidamente soluções pragmáticas e construtivas para atender às preocupações da UE, demonstrando extrema sinceridade e flexibilidade, disse o porta-voz. "No entanto, é lamentável que a UE não tenha respondido ativamente às principais preocupações das indústrias chinesas e europeias".
Comentando sobre as recentes notícias de que a UE estaria realizando negociações separadas de compromisso de preços com determinadas empresas, o porta-voz alertou que tais ações poderiam "minar a base das negociações e a confiança mútua".
As empresas chinesas, incluindo as empresas com investimentos da UE na China, autorizaram a Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Máquinas e Produtos Eletrônicos a propor um plano de compromisso de preços que represente a posição geral do setor. "Essa é a base das negociações entre a China e a UE", disse o porta-voz.