A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou, em fevereiro, um perfil de comércio e investimentos para o BRICS, indicando que as novas políticas tarifárias lançadas pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos podem levar a uma maior aproximação comercial entre os países do BRICS.
O estudo destaca as mais de 1,6 mil oportunidades comerciais identificadas pela ApexBrasil nos países do bloco, abrangendo principalmente setores como proteína animal, alimentos processados e rochas ornamentais, além de um crescimento significativo potencial na exportação de gorduras e óleos vegetais, algodão em bruto, açúcares e melaços e óleos brutos de petróleo.
Entre os produtos listados, 400 devem ser exportados para a China, 582 para a África do Sul, 388 para a Índia e 231 para a Rússia.
O estudo revela também que o estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) do BRICS no Brasil cresceu 13,9% entre 2014 e 2023, alcançando US$ 49,7 bilhões em 2023.
Apesar do crescimento, o Brasil foi o destino de 1,6% do estoque de IED do BRICS no mundo em 2023, o que mostra que há amplo espaço para crescimento.
Em 2024, as exportações do Brasil para os demais quatro países originais do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) atingiram US$ 102,5 bilhões, sendo a China o principal destino, representando mais de 92% do total exportado para o bloco. Ao mesmo tempo, foram importados US$ 82,1 bilhões em mercadorias, resultando em um superávit de US$ 20,4 bilhões.