O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, discursa na segunda-feira em Genebra na sessão plenária da 78ª Assembleia Mundial da Saúde. (Foto: Zheng Wanyin/China Daily)
A Assembleia Mundial da Saúde (AMS), o mais alto órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS), decidiu na segunda-feira (19) não incluir em sua pauta uma proposta sobre a participação da província chinesa de Taiwan na assembleia anual como observadora.
A decisão foi tomada tanto pelo comitê geral quanto pela sessão plenária da 78ª AMS.
Este é o nono ano consecutivo em que a agência global de saúde rejeita tal proposta.
Em discurso na na primeira reunião plenária da assembleia, Chen Xu, representante permanente da China no Escritório das Nações Unidas em Genebra e em outras organizações internacionais na Suíça, afirmou que a proposta desafia abertamente a autoridade da ONU e a ordem internacional do pós-guerra.
"Este ano marca o 80º aniversário da vitória na Guerra Mundial Antifascista e o 80º aniversário da recuperação da província de Taiwan", afirmou.
"O retorno da província de Taiwan à China é parte integrante dos resultados da vitória na Segunda Guerra Mundial e da ordem internacional do pós-guerra. A Resolução 2758 da Assembleia Geral da ONU e a Resolução 25.1 da Assembleia Mundial da Saúde há muito resolveram a questão da representação da China, incluindo a da província de Taiwan."
"Por muitos anos consecutivos, a AMS rejeitou tal proposta, mantendo assim a autoridade da ONU e a ordem internacional do pós-guerra. O fato demonstra claramente que o caminho da 'independência de Taiwan' é um beco sem saída e está mais uma vez fadado ao fracasso."
Chen também destacou que as atividades separatistas praticadas pelas autoridades do Partido Democrático Progressista da província de Taiwan nos últimos anos eliminaram a base política para a participação da província de Taiwan na assembleia e que, sob o princípio de Uma Só China, o engajamento da província de Taiwan com a OMS não está sujeito a quaisquer dificuldades ou obstáculos.
De acordo com as declarações do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China em resposta à rejeição da proposta relacionada à província pela 78ª Assembleia Mundial de Saúde, o governo central chinês atribui grande importância à saúde e ao bem-estar dos compatriotas na província de Taiwan e tomou as devidas providências para o engajamento da província em assuntos globais de saúde sob o princípio de Uma Só China.
O porta-voz afirmou que o governo central aprovou a participação de 11 grupos de 12 especialistas em saúde da província de Taiwan nas atividades técnicas da OMS no último ano e, sob a estrutura do Regulamento Sanitário Internacional, a província de Taiwan pode acessar prontamente informações sobre emergências de saúde da OMS e reportá-las à OMS.
Chen também destacou os pontos acima em seus comentários durante a assembleia, afirmando: "A proposta que exalta a suposta lacuna no sistema internacional de prevenção de pandemias é completamente inconsistente com os fatos."
"O princípio de Uma Só China é um consenso da comunidade internacional", acrescentou Chen. "Até o momento, 183 países já estabeleceram relações diplomáticas com a China com base no princípio de Uma Só China."
A 78ª AMS, com o tema "Um Mundo para a Saúde", acontece até 27 de maio. Com a participação de delegações de todos os 194 Estados-membros da OMS, a reunião reúne representantes de alto nível de países e outras partes interessadas para abordar os desafios globais da saúde.