A China condenou na quinta-feira o plano dos Estados Unidos de "revogar agressivamente os vistos de estudantes chineses", alertando que tais ações "politicamente motivadas e discriminatórias" apenas minariam ainda mais a imagem internacional e a credibilidade nacional dos EUA.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, fez os comentários após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciar na quarta-feira que o Departamento de Estado dos EUA trabalharia com o Departamento de Segurança Interna para revogar agressivamente os vistos de estudantes chineses, incluindo aqueles com conexões com o Partido Comunista da China e que estudam em "áreas críticas".
De acordo com um comunicado à imprensa, os EUA também revisarão os critérios de visto para aprimorar o escrutínio de todos os futuros pedidos de visto da parte continental da China e de Região Administrativa Especial de Hong Kong.
"A ação dos EUA, sob o pretexto de ideologia e segurança nacional, de cancelar injustificadamente os vistos de estudantes chineses, infringe gravemente seus direitos e interesses legítimos e interrompe o intercâmbio normal entre pessoas dos dois países", disse Mao em uma coletiva de imprensa regular.
A China, a segunda maior fonte de estudantes internacionais nos EUA, depois da Índia, enviou aproximadamente 277.000 estudantes para os EUA durante o ano letivo de 2023-24.
Beijing apresentou representações solenes a Washington, observou Mao, acrescentando que tais atos expõem a hipocrisia por detrás dos valores de liberdade e abertura há muito apregoados pelos EUA.
Quando questionado se isso poderia ter implicações mais amplas ou efeitos colaterais nas relações bilaterais, Mao afirmou que a posição da China sobre as relações sino-americanas é consistente e espera que Washington tome medidas mais construtivas para promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável dos laços.
O anúncio de Rubio representa a mais recente e drástica medida para reduzir o número de estudantes internacionais que estudam nos EUA. A medida foi tomada após sua ordem para que as embaixadas americanas em todo o mundo suspendessem as entrevistas para vistos de estudante em meio à consideração de uma verificação mais rigorosa nas redes sociais.