A China apelou ao Japão para que acelere o descarte completo de armas químicas abandonadas na China durante a Segunda Guerra Mundial e para que ajude a restaurar a terra limpa e a fazer justiça, afirmou o Ministério das Relações Exteriores na quarta-feira (30).
O Japão deixou dezenas de milhares de armas químicas na China ao final da Segunda Guerra Mundial, muitas das quais permanecem enterradas e perigosas até hoje.
Respondendo a uma pergunta numa coletiva de imprensa diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, afirmou que as armas químicas abandonadas pelo Japão na China representam "um dos crimes mais graves que os militaristas japoneses cometeram durante a guerra de agressão contra a China".
A China tem instado o Japão a destruir essas armas em estrita conformidade com a Convenção sobre Armas Químicas e o memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) assinado entre as duas nações, observou-se.
Guo afirmou que, até o momento, o Japão escavou e recuperou mais de 160.000 armas químicas abandonadas e destruiu cerca de 130.000. No entanto, o processo de destruição geralmente é lento, lamentou ele.
Este ano marca o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista. Quarta-feira também marcou o 26º aniversário do Memorando de Entendimento assinado pela China e pelo Japão sobre o descarte de armas químicas japonesas abandonadas na China.
"A China insta o Japão a levar a sério as preocupações da China e da comunidade internacional, refletir profundamente sobre seu histórico de agressão, honrar seu compromisso, aumentar a participação em todos os níveis e fazer todo o possível para acelerar toda a cadeia de descarte de armas químicas abandonadas", disse o porta-voz.
"Esperamos que chegue o dia em que o povo chinês não precise mais viver em solo contaminado por armas químicas abandonadas e em que a justiça seja restaurada à comunidade internacional", enfatizou Guo.