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Presidente de Moçambique exalta excelentes relações e resultados frutíferos da cooperação com China

Fonte: Xinhua    29.08.2025 11h02

"A nossa relação de 50 anos de cooperação China-Moçambique continua a ser uma excelente relação e cada vez mais crescente", afirmou o presidente moçambicano, Daniel Chapo, em uma recente entrevista ao China Media Group.

Chapo destacou os 50 anos de amizade, que coincidem com o 50º aniversário de independência do país, como um marco histórico.

Segundo ele, as relações diplomáticas entre os dois países começaram ainda durante a luta pela libertação nacional e, desde a independência formal em 1975, se mantêm excelentes, consolidadas e em crescimento.

Chapo aproveitou a ocasião para agradecer ao povo e ao governo da China, reafirmando o compromisso de continuar a fortalecer a cooperação em áreas econômica, social, cultural, ambiental e esportiva.

Tendo visitado a China por sete vezes, o presidente destacou sua primeira viagem às zonas econômicas especiais da China.

"Na altura, estavamos a fazer a Zona Econômica Especial de Nacala. É a primeira zona econômica especial de Moçambique", relembrou ele. "Foi um país que muito aprendeu com a China (sobre) as zonas econômicas especiais: como é que elas surgiram, e como é que elas rapidamente se desenvolveram."

Ele destacou que cidades como Shenzhen, antes pequenas aldeias de pescadores, se transformaram em grandes zonas industriais e comerciais, servindo de referência para a implementação de zonas econômicas especiais em Moçambique.

Entre os projetos emblemáticos da parceria bilateral, o presidente ressaltou a ponte Maputo-Katembe. A construção promove oportunidades econômicas, estimula o desenvolvimento urbano e industrial e influencia o mercado imobiliário local, representando um marco estrutural e simbólico da relação entre os dois países, indicou ele.

"Nós gostaríamos realmente de continuar a fazer mais projetos", manifestou ele. "Achamos que, sem dúvidas, fazendo mais infraestrutura, sobretudo a Estrada Nacional n.º1, Moçambique vai se desenvolver rapidamente", indicou.

Na área agrícola, a cooperação sino-moçambicana, como investimentos, tecnologia e transferência de know-how, contribuiu para o aumento da produtividade e da segurança alimentar. A produção de arroz de Moçambique, por exemplo, aumentou de 1,5 a 2 toneladas por hectare para 5 a 7 toneladas por hectare, com a ajuda de especialistas agrícolas da China.

Ao mesmo tempo, projetos de agricultura inteligente contribuem para a modernização agrícola do país. Sistemas de monitoramento de desastres capazes de detectar ameaças potenciais como secas e inundações, juntamente com drones para levantamento de campo e gestão sustentável da terra, representam uma nova direção na cooperação agrícola entre a China e Moçambique.

O presidente também abordou a estratégia de desenvolvimento da economia azul. A diversificação econômica é considerada essencial para o desenvolvimento sustentável de Moçambique. Segundo ele, é imperativo que o país não apenas deixe de depender exclusivamente da exploração de recursos naturais, mas também diversifique a sua economia, investindo ativamente no desenvolvimento da agricultura, do turismo e da produção de energia renovável.

Ele elogiou altamente o conceito chinês de "duas montanhas". "Eu concordo plenamente com a visão", manifestou o presidente,"e outros países do mundo também deviam seguir esta visão para conservar a natureza."

A cooperação na área da saúde também é histórica. Médicos chineses atuam em Moçambique desde 1976 e participaram ativamente no enfrentamento da pandemia de COVID-19, fornecendo equipamentos, insumos e assistência técnica. "A China foi um dos países que mais apoiaram Moçambique, queria aproveitar esta ocasião para agradecer o povo chinês."

O país planeja, em breve, a construção de um dos maiores centros cirúrgicos da África. Em sua opinião, o projeto será "a nossa excelente cooperação na área de saúde. Vai ser uma referência em nível de região, da África, mas também em nível de continente africano".

Chapo elogiou as iniciativas propostas pela China como Iniciativa de Desenvolvimento Global, Iniciativa de Segurança Global e Iniciativa de Civilização Global, que reforçam a importância da cooperação internacional, da paz e da harmonia entre povos. Essas políticas são vistas como essenciais para um mundo mais equitativo e multipolar, que "vale a pena, todos nós, ouvirmos, estarmos atentos e podermos trabalhar nesse sentido."

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