A cidade de Huaihua, na província de Hunan, sul da China, está situada entre as montanhas Wuling e Xuefeng, com o rio Yuan atravessando a região de sul a norte. Em seus 27.600 km² de território, convivem 51 grupos étnicos, que, juntos, deram origem a 740 itens de patrimônio cultural imaterial.
Parque de Patrimônio Imaterial de Wuxi. Foto: Huang Zhuo / Diário do Povo Online
Com base em sua rica herança cultural, Huaihua criou o Parque de Patrimônio Imaterial de Wuxi, que reúne três áreas funcionais: zona de experiência tecnológica do patrimônio, oficinas de estudo e prática, e praça temática. Por meio de modelagem digital, captura de movimento, VR, AR e outras tecnologias, o espaço proporciona uma experiência imersiva e interativa que combina tradição e inovação. Atualmente, 42 projetos de patrimônio imaterial ganharam “asas tecnológicas”.
Experiência de trajes étnicos por inteligência artificial. Foto: Huang Zhuo / Diário do Povo Online
Durante o feriado de 1º de Maio, o parque iniciou operações experimentais, recebendo quase 15 mil visitantes, com uma média diária superior a 3 mil pessoas — um verdadeiro “começo vitorioso”. Hoje, o espaço já funciona regularmente, tendo recebido cerca de 50 mil visitantes no total, tornando-se um destino popular de turismo cultural.
Turistas experimentam técnicas do patrimônio imaterial. Foto: Huang Zhuo / Diário do Povo Online
Atualmente, Huaihua conta com 12 pontos de demonstração reconhecidos a nível provincial (oficinas, vilas e bairros de patrimônio imaterial) e 30 de nível municipal. Nos últimos três anos, foram realizados mais de 400 eventos de exibição e apresentação, beneficiando mais de 2 milhões de pessoas.
Aplicativo “Patrimônio em Huaihua”
Para integrar o patrimônio cultural imaterial à cadeia completa de turismo — alimentação, hospedagem, transporte, passeios, compras e lazer — Huaihua lançou o aplicativo “Patrimônio em Huaihua”. Nele, turistas podem participar de check-ins virtuais e presenciais, interações, compra de ingressos e acumular pontos que podem ser convertidos em descontos, criando um novo modelo de consumo cultural e turístico: “vivenciar o patrimônio, ganhar pontos, desfrutar Huaihua”. Tudo isso gera um ciclo econômico de “difusão do patrimônio + experiência cultural + conversão em consumo”.
Cerimônia de abertura da 4ª Exposição de Patrimônio Cultural Imaterial de Hunan. Foto: Comitê Organizador da 5ª Conferência de Desenvolvimento do Turismo de Hunan
No dia 16 de setembro, começou em Huaihua a 4ª Exposição de Patrimônio Cultural Imaterial de Hunan.
No evento, 150 projetos representativos e 500 mestres herdeiros do patrimônio vindos de Hunan, Hubei, Chongqing, Guizhou e Guangxi se reuniram, compondo um grandioso “painel de cem cenas” do patrimônio vivo. À noite, a cultura saiu dos pavilhões: 8 ônibus temáticos de patrimônio imaterial circularam por Huaihua, decorados com padrões tradicionais como o bordado Dong, exibindo artesanatos no interior — verdadeiras “salas de aula móveis” de cultura.
Feira de Produtos de Patrimônio Imaterial para Exportação. Foto: Liu Shan / Diário do Povo Online
O evento incluiu também a Feira de Comércio de Produtos de Patrimônio Imaterial de Hunan para Exportação, aproveitando plataformas abertas, palcos culturais e a localização estratégica do Porto Internacional Terrestre de Huaihua, para levar os produtos tradicionais de Hunan a mercados mais amplos — do interior às costas, navegando em direção ao mundo.
Tecelagem Dong. Foto: Huang Zhuo / Diário do Povo Online