Com grande presença de artistas chineses, o Brasil abre a 36ª Bienal de São Paulo, a maior exposição de arte do hemisfério sul.
Com o título "Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática", a 36ª Bienal de São Paulo abriu suas portas no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Reunindo 125 artistas de cinco continentes — com destaque para a expressiva presença de criadores chineses —, o evento se consolida como a maior exposição de arte da América do Sul e uma das mais influentes do circuito internacional. A edição 2025-2026 propõe uma reflexão sobre o cuidado com o meio ambiente, os impactos da instabilidade global e as tensões sociais contemporâneas.
A 36ª Bienal de São Paulo inclui uma participação de destaque de artistas chineses, cujas obras, que combinam instalação, cinema e arquivo, abordam temas como memória, migração e as emoções coletivas diante das crises globais.
Inspirada em um poema da escritora brasileira Conceição Evaristo, a proposta curatorial aposta no diálogo e no respeito como bases para imaginar novas formas de vida em comum. Dividida em seis capítulos interconectados, a exposição aborda temas como a terra, a migração e a beleza como forma de posicionamento crítico.
A curadoria está a cargo de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, escritor e curador de Camarões com trajetória internacional em instituições da Europa e da África. Seu enfoque parte da premissa de que a humanidade atravessa um momento de transição que exige repensar as formas de existência. "Se esta forma de ser humano não é suficiente, que possibilidades temos?", questiona Ndikung, para quem a Bienal deve ser um espaço de imaginação e diálogo.
A seleção artística reflete esse olhar. Cerca de 28% dos participantes vêm da África, 25% da América do Sul e 16% da Ásia, em sintonia com o objetivo dos organizadores de ampliar a representação geográfica e cultural do evento. "Aqueles de nós que não têm o luxo ou o privilégio de ser simplesmente pessimistas ou desesperançados devem se perguntar: o que podemos oferecer?", reflete o curador.
Entre as inovações desta edição, destaca-se o projeto Aparições, desenvolvido em parceria com a plataforma digital WAVA. Por meio de um aplicativo de realidade aumentada, fragmentos das obras foram projetados em espaços públicos ao redor do mundo — de parques urbanos de São Paulo até a fronteira entre o México e os Estados Unidos, as margens do rio Congo e cidades como Hong Kong e Beijing.
O programa editorial desta edição também alcança uma escala inédita, com publicações em inglês e espanhol que, pela primeira vez, são distribuídas internacionalmente. No Brasil, o material é oferecido gratuitamente, sobretudo a professores e educadores. Os conteúdos incluem ensaios, poemas e propostas pedagógicas desenvolvidas em colaboração com o Center for Art, Research and Alliances (CARA) de Nova York.
A 36ª Bienal de São Paulo permanecerá aberta até 11 de janeiro de 2026. Para mais informações sobre a programação: https://36.bienal.org.br/agenda
Sede da Bienal e centro global de negócios, cultura e lazer, o estado de São Paulo reafirmou sua posição como principal destino de turistas internacionais no Brasil. Nos primeiros oito meses de 2025, recebeu mais de 1,8 milhão de visitantes estrangeiros, em um ano marcado pelo crescimento do turismo no país sul-americano.
Localizado no sudeste do Brasil, São Paulo é um dos centros econômicos mais influentes da América Latina. Com uma população superior a 44 milhões de habitantes, representa cerca de 30% do PIB nacional e abriga a maior concentração de indústrias, serviços e centros financeiros do país.
Sua capital homônima, a cidade de São Paulo, é a metrópole mais populosa do hemisfério sul e um hub global em setores como finanças, inovação, gastronomia, cultura e eventos. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, um dos mais movimentados da América do Sul, funciona como a principal porta de entrada aérea do país, com conexão para dezenas de destinos internacionais.
De janeiro a agosto, o estado recebeu 1.808.845 visitantes estrangeiros, com um crescimento de 24,15% em comparação a 2024. Só em agosto chegaram 226.359 turistas internacionais, um aumento de 22,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados, levantados pela Embratur, pela Polícia Federal e pelo Ministério do Turismo, confirmam a posição de São Paulo como destino-chave do turismo internacional.
Fonte: Embratur