
A equidade e a justiça são os valores mais importantes da comunidade internacional, afirmou o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, nas Nações Unidas nesta sexta-feira.
Li fez as observações ao fazer um discurso no debate geral da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Observando que a paz e o desenvolvimento são as aspirações comuns mais ardentes em todo o mundo, Li disse que a solidariedade e a cooperação representam a fonte mais poderosa de força para o progresso humano.
Este ano marca o 80º aniversário da vitória da Guerra Antifascista Mundial e da fundação das Nações Unidas, observou Li, acrescentando que algumas lições valiosas podem ser tiradas da história.
Li enfatizou que a China, como membro fundador da ONU, sempre participou ativamente dos assuntos globais e trabalhou para a melhoria da humanidade.
Ao longo dos anos, o presidente chinês, Xi Jinping, apresentou a visão de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, bem como a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global, a Iniciativa de Civilização Global e a Iniciativa de Governança Global (IGG), compartilhando a sabedoria e a solução da China para enfrentar transformações mundiais e superar desafios urgentes, disse Li.
Em particular, a IGG, proposta na Cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai, em Tianjin, no início deste mês, destaca princípios como a adesão à igualdade soberana, o respeito ao direito internacional, a prática do multilateralismo, a defesa de uma abordagem centrada nas pessoas e o foco em ações concretas, afirmou Li, observando que a iniciativa fornece um caminho importante para a construção de um sistema de governança global mais justo e equitativo.
Li reiterou a disposição da China em trabalhar com todas as partes para adotar ações coordenadas e eficazes a fim de resolver problemas práticos e promover a paz e o desenvolvimento mundiais.
O mundo entrou em um novo período de turbulência e transformação, disse Li, observando que o unilateralismo e a mentalidade da Guerra Fria estão ressurgindo, minando severamente as regras e a ordem internacionais e perturbando o sistema global.
A humanidade mais uma vez chega a uma encruzilhada, disse Li.
"Qualquer pessoa que se preocupe com a situação mundial perguntaria: por que nós, seres humanos, após termos superado tantas tribulações, não poderíamos adotar maior senso de consciência e racionalidade, tratar-nos com bondade e coexistir em paz?" Li disse.
"Como poderíamos, diante de incidentes deploráveis como desastres humanitários, fechar os olhos para atrocidades que pisoteiam descaradamente a equidade e a justiça e ficam de braços cruzados? Como poderíamos, quando confrontados com atos inescrupulosos de hegemonismo e intimidação, permanecer em silêncio e submissos por medo da força?" Li perguntou.
"E como poderíamos deixar a paixão ardente e a dedicação de nossos antepassados em fundar a ONU simplesmente desaparecerem nas páginas da história?" Li acrescentou.
Citando um ditado chinês que "quem não se esquece de por que começou, pode cumprir sua missão", Li disse que a busca pela paz, progresso e desenvolvimento é a essência da comemoração de vitórias passadas e da missão compartilhada de unir as pessoas do mundo em uma causa comum.
"Embora possamos não ser capazes de voltar no tempo e reviver a vitória, podemos certamente criar um futuro melhor juntos", disse Li.
Em um momento em que o mundo enfrenta mudanças e turbulências entrelaçadas, o primeiro-ministro chinês pediu a todos os lados que construam a paz e garantam a segurança comum.

Diante de uma lenta recuperação global, ele pediu a revitalização da cooperação e a busca de resultados ganha-ganha.
À medida que diversas civilizações interagem e evoluem, ele pediu a defesa do diálogo e do aprendizado mútuo. Ao responder a novos desafios, pediu esforços conjuntos para proteger o lar comum da humanidade.
Li afirmou que a China será sempre uma defensora firme da paz e da segurança mundiais, uma força motriz fundamental do desenvolvimento global, uma praticante ativa dos intercâmbios e do aprendizado mútuo entre civilizações e uma parte responsável no enfrentamento dos desafios globais.
A China está pronta para trabalhar com todas as partes para defender os propósitos e princípios da Carta da ONU, levar adiante o espírito do multilateralismo, implementar ativamente as quatro principais iniciativas globais e avançar em direção ao objetivo nobre de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, disse Li.