
A DJI, fabricante chinesa líder de drones, anunciou na terça-feira (14) que entrou com um recurso em um tribunal federal de apelações dos EUA, contestando uma decisão do Distrito de Columbia que manteve sua inclusão na lista de "empresas militares chinesas" (CMC) do Departamento de Defesa dos EUA (DoD, na sigla em inglês), informou o Global Times.
A DJI afirmou que processou o DoD em outubro de 2024 sobre o assunto. Embora o tribunal tenha rejeitado a maioria das principais alegações do DoD por serem infundadas, decidiu manter a DJI na lista com base no que a empresa descreveu como "raciocínio arbitrário".
A DJI declarou que "discorda e não pode aceitar" a decisão e recorreu formalmente para defender sua reputação e interesses legítimos. "A DJI se opõe firmemente ao uso de seus produtos e tecnologias para quaisquer fins militares ou de guerra e tomou medidas abrangentes para evitar o uso indevido", afirmou a empresa.
O Departamento de Defesa dos EUA adicionou a DJI à lista CMC pela primeira vez em 2022, sem fornecer explicações ou evidências. Desde então, a DJI buscou repetidamente esclarecimentos e documentação comprobatória do departamento, mas não recebeu nenhuma resposta substancial.
Em janeiro de 2024, o Departamento de Defesa reafirmou a inclusão da DJI na lista. Mais tarde naquele ano, a DJI entrou com uma ação judicial contra o Departamento de Defesa, o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin III, e a Secretária Adjunta de Defesa para Política de Base Industrial, Laura Taylor-Kale, contestando a decisão no Tribunal Distrital do Distrito de Columbia.
Em setembro de 2025, o tribunal concluiu que a maioria das acusações do Departamento de Defesa contra a DJI não eram apoiadas por evidências suficientes. No entanto, ainda decidiu manter a DJI na lista, argumentando que a certificação da empresa como um "Centro Nacional de Tecnologia Empresarial" pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China demonstrava que suas tecnologias poderiam ter potenciais aplicações de dupla utilização.
O último recurso da DJI, interposto em 14 de outubro, busca anular essa decisão.