A Polícia do Estado do Rio de Janeiro informou na quarta-feira (29) que, até o meio-dia, uma operação de repressão realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28) resultou na morte de 117 suspeitos, acusados de assassinatos, tráfico de drogas, roubo de carros entre outros crimes, e quatro policiais.
O delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), afirmou em coletiva de imprensa conjunta que a operação resultou na prisão de 113 suspeitos, sendo 33 de outros estados, e na apreensão de mais de 118 armas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas e 1 revólver, e várias toneladas de drogas, ainda sendo contabilizadas.
Curi enfatizou que a operação foi baseada numa investigação que durou mais de um ano e que as casas visadas eram residências de suspeitos com provas. Devido ao terreno acidentado da selva, encontrar todos os corpos dos suspeitos num curto período de tempo foi difícil.
O coronel Marcelo de Menezes, secretário da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), afirmou que um número tão elevado de vítimas foi inesperado e algo que a polícia e o governo não desejavam presenciar.
A polícia lançou a “Operação Contenção” contra a facção criminosa "Comando Vermelho" (CV) no Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mobilizando diversos helicópteros e veículos blindados. Os bandidos construíram barricadas com materiais incendiários e utilizaram drones para lançar bombas contra a polícia.
A polícia anunciou naquele dia que 60 suspeitos haviam sido mortos. Segundo relatos da imprensa brasileira, no início de quarta-feira (29), moradores locais carregaram para as ruas mais de 70 corpos encontrados na noite anterior. A polícia afirmou que ainda não podia confirmar se todas as vítimas morreram durante a operação.
O presidente brasileiro Lula, que acabara de retornar de uma viagem ao Sudeste Asiático, convocou uma reunião de gabinete na manhã de quarta-feira para discutir a situação da segurança no estado do Rio de Janeiro.
Os Complexos do Alemão e da Penha sofrem há tempos com o tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas, sendo alguns dos principais redutos do CV. Essa facção criminosa representa uma séria ameaça à segurança no estado do Rio de Janeiro e em todo o Brasil.
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