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Presidente brasileiro defende transição energética e justiça climática ao abrir a Cúpula de Líderes da COP30

Fonte: Xinhua    07.11.2025 15h58

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pediu na quinta-feira a aceleração da transição energética para fontes renováveis e a proteção da natureza para conter o aquecimento global, ao inaugurar a Cúpula de Líderes que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro na cidade de Belém, no estado do Pará (norte do Brasil).

"Acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais eficazes de conter o aquecimento global", disse Lula, acrescentando que o objetivo da COP30 é chegar a um consenso sobre como enfrentar a crise climática.

O presidente brasileiro lançou a COP30 diante de mais de 70 representantes de governos e organizações internacionais.

Lula também denunciou o extremismo, a negação e os interesses "egoístas" que prevalecem sobre o bem comum quando se trata de preservação ambiental, argumentando que existe uma desconexão entre o contexto geopolítico e a emergência climática, bem como a necessidade de alocar menos recursos para a guerra e mais para a proteção ambiental.

"A justiça climática é uma aliada na luta contra a fome e a pobreza", afirmou Lula, ressaltando que a COP30 deve ser a conferência da "verdade".

Segundo o presidente brasileiro, este é o momento de "levar a sério os alertas da ciência", citando projeções que mostram milhares de mortes e perdas financeiras devido ao avanço do aquecimento global.

As presidências da COP29 (Azerbaijão) e da COP30 (Brasil) apresentaram oficialmente um ambicioso plano para mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para financiar ações contra a crise climática, especialmente em países em desenvolvimento.

O documento, denominado "Roteiro Baku-Belém", foi elaborado em conjunto pelas duas presidências e propõe novas formas de arrecadação de fundos, como impostos sobre aviação, bens de luxo e grandes fortunas, além de reformas no sistema financeiro global para liberar crédito e aliviar o endividamento das nações mais pobres.

O presidente brasileiro enfatizou que a mudança climática é resultado de dinâmicas que fragmentaram as sociedades entre ricos e pobres, dinâmicas que separaram países desenvolvidos e em desenvolvimento.

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