O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou no dia 12 que o país se considera uma verdadeira “nação de ação” no enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo ele, a China pretende continuar trabalhando em conjunto com outras nações para aplicar o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, e contribuir de maneira renovada para a governança climática global.
Durante uma coletiva de imprensa de rotina, Guo foi questionado sobre as declarações feitas na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém, no Brasil. O presidente da conferência, André Corrêa do Lago, havia destacado que os países do Norte Global perderam o entusiasmo em relação à crise climática, enquanto os do Sul Global continuam avançando, citando a China como exemplo de país que oferece soluções com benefícios globais.
Ao responder, Guo destacou que 2025 marca o 10º aniversário do Acordo de Paris, momento em que a governança climática global entra em uma fase decisiva. Ele ressaltou que a China tem participado ativamente e assumido um papel de liderança nesse processo, apoiando firmemente o Brasil como anfitrião da conferência.
O porta-voz lembrou ainda que o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang, representante especial do presidente Xi Jinping, participou da Cúpula do Clima de Belém, onde apresentou os princípios da Quarta Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China e reiterou o compromisso chinês com a ação climática e a cooperação internacional.
Guo observou que as mudanças climáticas dizem respeito ao futuro comum da humanidade, enfatizando que países desenvolvidos e em desenvolvimento, do Norte e do Sul globais, compartilham o mesmo destino. Para ele, a cooperação e a ação conjunta são o único caminho possível.
O porta-voz acrescentou que a China tem integrado as metas de pico e neutralidade de carbono em sua estratégia nacional, criando o sistema de políticas de redução de emissões mais abrangente do mundo e consolidando o maior e mais dinâmico sistema de energia renovável do planeta. O país, segundo ele, está entre os que mais reduziram a intensidade energética e responde atualmente por 70% dos equipamentos eólicos e 80% dos painéis solares produzidos globalmente, contribuindo para a queda dos custos das energias eólica e solar em mais de 60% e 80%, respectivamente.
Guo também lembrou que o presidente Xi Jinping anunciou, durante a cúpula da ONU sobre o clima, a meta nacional de contribuição para 2035, abrangendo toda a economia e todos os gases de efeito estufa, com um objetivo absoluto de redução de emissões, o que demonstra a determinação do país em avançar nesse campo.
Por fim, o porta-voz reafirmou que a China continuará a trabalhar com outros países para aplicar o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, buscando resultados equilibrados e positivos na COP30 e contribuindo de forma concreta para o fortalecimento da governança climática global.
