
A China trabalhará com todas as partes para cumprir o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, alcançar resultados positivos e equilibrados na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e fazer novas contribuições para a governança climática global, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, na quarta-feira.
Enquanto a COP30 está sendo realizada em Belém, no Brasil, foi relatado que Corrêa do Lago, presidente da COP30, disse que a China está desenvolvendo soluções que beneficiam a todos. Ao mesmo tempo, uma diminuição no entusiasmo do Norte Global indica que o Sul Global está avançando. Há comentários sugerindo que a China superou, ou está a caminho de exceder, a maioria das promessas que fez há dez anos, salvando o Acordo de Paris. Nesse contexto, o Sul Global está assumindo a liderança em vez dos países desenvolvidos.
Ao comentar essas observações, Guo afirmou em entrevista coletiva regular que dez anos após a assinatura do Acordo de Paris, a governança climática global entra em uma fase crucial. Ele acrescentou que a China participa ativamente da governança climática global e apoia firmemente o Brasil, na presidência da COP30, na realização da conferência.
O representante especial do presidente chinês Xi Jinping, Ding Xuexiang, que também é membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado, participou da Cúpula do Clima de Belém e fez comentários, disse Guo.
Ele acrescentou que Ding compartilhou os princípios orientadores estabelecidos na quarta sessão plenária do 20º Comitê Central do PCCh e enviou uma forte mensagem sobre aderir à direção certa, traduzir os compromissos climáticos em ação e aprofundar a abertura e a cooperação, o que contribuiu para o sucesso da conferência.
"A mudança climática diz respeito ao futuro compartilhado da humanidade", disse Guo, observando que "do Sul Global ao Norte Global, dos países em desenvolvimento aos países desenvolvidos, todos estamos a bordo do mesmo navio. Cooperação e esforço conjunto são a única escolha certa."
A China é um executor prático na resposta climática, disse Guo. Ele observou que, entre os países com o declínio mais rápido na intensidade energética, a China transformou o pico e a neutralidade de carbono uma estratégia nacional, estabeleceu a estrutura de políticas mais sistemática e completa para a redução das emissões de carbono e construiu o maior sistema de energia renovável do mundo que apresenta também o mais rápido crescimento.
"Setenta por cento dos equipamentos de energia eólica e 80% dos componentes fotovoltaicos em todo o mundo vêm da China, o que permitiu a redução de custos para a geração global de energia eólica e fotovoltaica em mais de 60 e 80%, respectivamente", disse Guo.
Ele observou que na Cúpula do Clima das Nações Unidas, o presidente Xi Jinping anunciou solenemente as Contribuições Nacionalmente Determinadas da China para 2035, abrangendo todos os setores econômicos e todos os gases de efeito estufa, marcando a primeira vez que a China apresentou uma meta de redução absoluta de emissões como prova da firme determinação e esforço máximo do país.