O primeiro-ministro da China, Li Qiang, participará da 24ª Reunião do Conselho de Chefes de Governo dos Estados-membros da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS), em Moscou nos dias 17 e 18 de novembro, a convite do primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, anunciou nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores da China.
Li realizará uma visita oficial à Zâmbia nos dias 19 e 20 de novembro, a convite do governo da República da Zâmbia. O primeiro-ministro chinês também participará da 20ª Cúpula do G20 em Joanesburgo, de 21 a 23 de novembro, a convite do governo da República da África do Sul, acrescentou a pasta.
Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, informou a imprensa sobre as viagens ao exterior do premiê Li em uma coletiva de imprensa regular nesta quinta-feira.
Ele disse que, durante a Cúpula da OCS em Tianjin, os líderes dos Estados-membros da OCS alcançaram uma série de entendimentos comuns importantes sobre a defesa do Espírito de Shanghai e a promoção do desenvolvimento e reforma da OCS, conduzindo a organização a uma nova etapa de desenvolvimento de alta qualidade marcada por maior solidariedade, coordenação, dinamismo e produtividade.
A Iniciativa de Governança Global proposta pela China foi acolhida e apoiada pelas partes presentes na Cúpula e amplamente reconhecida pela comunidade internacional, segundo Lin.
Nessa reunião do Conselho de Chefes de Governo, o primeiro-ministro Li terá uma troca aprofundada de pontos de vista com todas as partes sobre a implementação dos resultados da Cúpula da OCS em Tianjin, o fortalecimento da solidariedade e coordenação na OCS e o aprofundamento da cooperação econômica e cultural regional, afirmou Lin.
Ele disse que a China acredita que essa reunião manterá o impulso positivo da Cúpula da OCS em Tianjin, promoverá a implementação da estratégia de desenvolvimento da OCS para os próximos 10 anos, protegerá melhor os interesses comuns dos Estados-membros e injetará mais energia positiva na paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade regionais e mundiais.
Sobre a visita do primeiro-ministro Li à Zâmbia, Lin afirmou que a Zâmbia é um parceiro cooperativo estratégico abrangente da China na África. Ao longo dos 61 anos das relações diplomáticas, os dois países desenvolveram laços bilaterais sob os princípios de respeito mútuo, igualdade e benefício recíproco, e a amizade tradicional tem-se fortalecido com o tempo.
Nos últimos anos, sob os cuidados e a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, as relações bilaterais mantiveram um desenvolvimento robusto, com sólida confiança mútua e resultados frutíferos de cooperação em várias áreas, acrescentou Lin.
Ele disse que a China espera trabalhar com a Zâmbia por meio da visita para acelerar a implementação dos entendimentos comuns importantes entre os dois presidentes e dos resultados da Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África, aprofundar a confiança política mútua, expandir a cooperação de benefícios recíprocos, promover o desenvolvimento comum, ter uma comunicação e coordenação mais próximas sobre assuntos internacionais e regionais e fazer maiores contribuições para a construção de uma comunidade China-África sob todas as condições com um futuro compartilhado para a nova era.
Ao ser questionado sobre as expectativas da China para a cúpula do G20, Lin afirmou que, em meio a rápidas mudanças no mundo não vistas em um século, crescimento econômico global lento e aumento do déficit de desenvolvimento no mundo, o G20, como principal fórum de cooperação econômica internacional, precisa intensificar a solidariedade e a cooperação, responder conjuntamente aos desafios, aprimorar a governança econômica global e contribuir para o crescimento econômico mundial, bem como para o desenvolvimento e a prosperidade dos países.
Lin enfatizou que é de significado histórico que a cúpula do G20 seja realizada pela primeira vez no continente africano.
Ele disse que a China apoia a presidência sul-africana do G20 e está pronta para trabalhar com várias partes sob o tema "Solidariedade, Igualdade, Sustentabilidade" para construir consenso na cúpula para defender o multilateralismo, construir uma economia mundial aberta e promover a cooperação para o desenvolvimento.