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EUA e Ucrânia reduzem plano de paz de 28 pontos para 19 pontos, segundo relatos

Fonte: Diário do Povo Online    25.11.2025 09h43

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio (à direita), e Andriy Yermak, chefe do Gabinete Presidencial da Ucrânia, conversam com a imprensa na Missão dos Estados Unidos junto às Nações Unidas e outras Organizações Internacionais em Genebra, Suíça, em 23 de novembro de 2025. (Foto: Lian Yi/Xinhua)

O plano de paz de 28 pontos proposto pelos EUA, com o objetivo de pôr fim à crise na Ucrânia, foi reduzido a uma estrutura de 19 pontos elaborada pelos Estados Unidos e pela Ucrânia no fim de semana em Genebra, informaram diversos veículos de imprensa na segunda-feira (24).

"Muitas das disposições controversas foram suavizadas ou, pelo menos, reformuladas" para se aproximarem da posição ucraniana ou reduzirem as exigências sobre a Ucrânia, afirmou Oleksandr Bevz, um funcionário ucraniano que participou das negociações em Genebra, citado pelo The Washington Post.

Ele acrescentou que o prazo de quinta-feira, estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para um acordo sobre o plano de 28 pontos, agora parece mais flexível do que antes.

"Não é um alerta máximo — o mais importante é finalizar o texto", disse Bevz.

O primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, disse ao Financial Times que a nova versão preliminar tinha pouca semelhança com a versão vazada de 28 pontos.

"Restou muito pouco da versão original", afirmou.

A nova versão preliminar deixa as questões mais controversas para Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, decidirem, segundo diversas reportagens.

A versão anterior de 28 pontos exigiria que a Ucrânia cedesse território no leste do país, reduzisse suas forças armadas e renunciasse à adesão à OTAN. O plano, portanto, cruzava diversas linhas vermelhas ucranianas de longa data, atraindo críticas da Ucrânia e de toda a Europa, de acordo com relatos.

Representantes dos Estados Unidos, da Ucrânia e de países europeus reuniram-se em Genebra no domingo (23), enquanto a Casa Branca pressionava por um acordo sobre o plano de 28 pontos.

Após uma reunião entre a delegação ucraniana e os conselheiros de segurança nacional do Reino Unido, da França e da Alemanha, a Ucrânia realizou conversas bilaterais com os representantes dos EUA.

Segundo relatos, a reunião de domingo em Genebra contou com a presença, do lado americano, do Secretário de Estado Marco Rubio, do Enviado Especial para o Oriente Médio Steve Witkoff e do Secretário do Exército Daniel Driscoll, enquanto o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, liderou a delegação ucraniana.

De acordo com uma declaração conjunta divulgada pela Casa Branca na noite do mesmo dia, as conversas entre representantes dos EUA e autoridades ucranianas em Genebra alcançaram "progressos significativos rumo ao alinhamento de posições".

O Kremlin afirmou que não recebeu detalhes oficiais de Genebra e que não planeja conversas com autoridades americanas esta semana, segundo uma reportagem da Newsweek.

Trump estabeleceu quinta-feira como prazo final para chegar a um entendimento com Kiev sobre a estrutura do acordo, sugerindo, porém, que as negociações poderiam continuar após essa data caso haja progresso.

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