O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou na terça-feira (2) que os ataques a aldeias no norte de Moçambique estão se intensificando e que o conflito, que se alastra rapidamente, está forçando cada vez mais pessoas a fugirem de suas casas. Quase 100 mil pessoas foram deslocadas somente nas últimas duas semanas.
A violência no norte de Moçambique, iniciada em 2017, já deslocou mais de 1,3 milhão de pessoas, afirmou Xavier Créach, representante do ACNUR em Moçambique, durante coletiva de imprensa por videoconferência.
Um comunicado à imprensa divulgado pelo ACNUR no mesmo dia destacou que o conflito no norte de Moçambique tomou um rumo perigoso: este ano os ataques vem ocorrendo simultaneamente em vários locais e já se espalharam da província de Cabo Delgado, onde o conflito teve origem, para a província de Nampula, ameaçando comunidades que anteriormente abrigavam famílias deslocadas.
O ACNUR está apelando à comunidade internacional para que forneça assistência urgente a fim de proteger as pessoas forçadas a fugir de suas casas, fortalecer a resiliência das comunidades de acolhimento sobrecarregadas e impedir que a crise se agrave.