Realizada de 10 a 11 de dezembro, a Conferência Central de Trabalho Econômico, situada no ponto de transição entre o encerramento bem-sucedido do 14º Plano Quinquenal e o início estável do 15º, tomou o pulso da economia chinesa e apontou sua direção, oferecendo também ao mundo uma “janela” autorizada para observar a China.
Desde o início do ano, do aumento dos investimentos internacionais na nova produtividade de qualidade da China até às recentes revisões para cima das projeções de crescimento por instituições financeiras globais, um consenso de “otimismo em relação à China” está se formando e ganhando força.
Afinal, o que o mundo vê na China? E que tipo de “lista de oportunidades” a China está entregando ao mundo?
O ano de 2025, que está prestes a terminar, foi extraordinário. Diante de um ambiente externo cada vez mais incerto e de tarefas pesadas de ajuste estrutural interno, a economia chinesa avançou sob pressão, mas com foco na inovação e na qualidade: o PIB cresceu 5,2% nos três primeiros trimestres, e os principais objetivos de desenvolvimento econômico e social do ano devem ser alcançados sem dificuldades.
Num contexto de mudanças externas em intensificação e de contradições domésticas entre oferta forte e demanda fraca, esse desempenho por si só demonstra resiliência e potencial econômicos. Na avaliação do trabalho do ano, a Conferência destacou que a construção de um sistema industrial moderno avançou continuamente, que a reforma e a abertura deram novos passos, que a mitigação de riscos em áreas-chave obteve progressos positivos e que a garantia do bem-estar da população se tornou mais sólida.
Recentemente, diversas instituições internacionais — incluindo o Banco Mundial, o FMI e o Banco Asiático de Desenvolvimento — elevaram suas projeções de crescimento para a economia chinesa em 2025. O que o mundo admira é o dinamismo e as oportunidades de cooperação proporcionadas por uma economia com forte resiliência de crescimento, bem como as vantagens institucionais e a eficácia governamental que se manifestam na solução contínua de “velhos problemas” e “novos desafios”.
O que o mundo admira é o potencial de desenvolvimento em expansão da China. A Conferência enfatizou a necessidade de manter a demanda interna como força motriz e construir um forte mercado doméstico. Do lado da demanda, serão implementadas ações especiais para impulsionar o consumo e será elaborado um plano de aumento de renda para os residentes urbanos e rurais.
O objetivo consiste em desobstruir, em maior escala, as etapas de produção, distribuição, circulação e consumo, formando um ciclo virtuoso entre aumento da renda e melhoria do consumo. Do lado da oferta, será ampliada a oferta de bens e serviços de alta qualidade. Ao promover a evolução da manufatura — de avanços pontuais para atualizações sistêmicas — e ao expandir a capacidade e qualidade do setor de serviços, especialmente dos serviços produtivos avançados, a China continuará elevando a adaptação de sua estrutura produtiva ao enorme mercado interno e sua capacidade de atender à demanda global de alto padrão.
Isso proporciona à economia chinesa um horizonte amplo para atualização estrutural e progresso tecnológico no médio e longo prazos, e se tornará também uma importante fonte de crescimento para a economia mundial.
A China está transformando os benefícios de sua abertura em oportunidades de desenvolvimento compartilhadas globalmente. A Conferência propôs avançar de forma constante na abertura institucional, ampliar de modo ordenado a abertura autônoma no setor de serviços, otimizar a distribuição das zonas-piloto de livre comércio e promover a integração entre comércio e investimento, bem como entre comércio interno e externo, além de impulsionar o desenvolvimento de alta qualidade da Iniciativa Cinturão e Rota.
As plataformas de alta abertura da China fornecem canais mais fluídos para o fluxo transfronteiriço de capital, tecnologia e talentos, enquanto o princípio de cooperação baseada em consulta, construção conjunta e benefícios compartilhados ajuda países em diferentes estágios de desenvolvimento a ampliar seus pontos de convergência de interesse e cultivar novos motores de crescimento.
O otimismo global em relação à China, essencialmente, é um otimismo quanto a esse ciclo virtuoso: melhorar continuamente a qualidade do desenvolvimento por meio da abertura ampliada e expandir os interesses comuns por meio de uma cooperação aprofundada — o otimismo em relação a uma grande economia que tem escala e vitalidade, que permanece aberta ao mundo e disposta a compartilhar oportunidades de desenvolvimento com todos os países.
A Conferência Central de Trabalho Econômico delineou não apenas o “projeto” para o desenvolvimento da China no próximo ano, mas também uma “lista de oportunidades” para o mundo. Um grande país com expectativas de crescimento mais claras, um ambiente macroeconômico mais estável e políticas mais previsíveis significa que todas as nações poderão encontrar, na interação positiva com a economia chinesa, um ponto de certeza em meio a um mundo incerto. Significa também que, diante de uma intensificação da competição global por recursos existentes, os países poderão obter novos incrementos de desenvolvimento vindos do vasto mercado chinês, de seus novos motores de crescimento e de sua abertura de alto nível. Assim, poderão aprofundar o entrelaçamento de interesses e cultivar novas forças de crescimento, abrindo juntos novos horizontes para o progresso e a prosperidade da humanidade.