Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, faz um discurso numa cimeira de negócios em Toulouse, no sul de França, a 2 de julho de 2015
PEQUIM,31 de agosto (Diário do Povo Online) – A economia chinesa continua a operar dentro de uma extensão aceitável e mantem-se na liderança a nível de crescimento no plano mundial, disse o primeiro-ministro Li Keqiang.
Na tarde de 28 de agosto, o primeiro-ministro presidiu uma reunião extraordinária do concelho de estado, em Zhongnanhai, para discutir as políticas a tomar, face ao impacto do desenvolvimento económico e financeiro global na China.
Fizeram parte da reunião vários oficiais de topo do concelho de estado e ministros responsáveis pelos departamentos económico e financeiro. Eles discutiram a atual situação, tendo apresentado várias propostas para os próximos passos a tomar. Após ouvir atentamente a discussão, o primeiro-ministro partilhou as suas observações, constatando que as recentes flutuações nos mercados têm impacto na China, mas que apesar disso, a economia chinesa se encontra ainda dentro dos limites previstos para a sua atividade.
Acrescentou ainda que a volatilidade dos mercados veio trazer algumas incertezas relativamente à capacidade de recuperação da economia global. As implicações trazidas pela instabilidade dos mercados, afetam diretamente o mercado financeiro do gigante asiático, assim como as suas importações e exportações, impondo uma nova pressão na economia.
Li reforçou que, face às alterações complexas da economia mundial e aos problemas enraizados a nível doméstico, o governo chinês tem respondido com medidas progressistas, reformas estruturais e regulações macro-económicas no sentido de preservar a estabilidade. Entre estas medidas é possível enumerar, entre outras, os cortes no rácio da reserva, nas taxas de juro e nos impostos, sendo já possível verificar melhoramentos.
O primeiro-ministro afirmou que a China tem ainda um grande potencial para prosseguir com o seu desenvolvimento, tendo plenas capacidades para gerir os riscos e mantê-los sob controle, tendo inclusive descortinado que o governo irá dar continuidade à implementação de novas reformas para dinamizar o crescimento económico e estabilizar as expectativas dos mercados.
O líder chinês aproveitou também para referir que as bases tradicionais em que a China se tem apoiado para lançar a sua economia já não têm o mesmo peso de outrora, sendo por isso premente a necessidade de procurar novos caminhos. Prosseguiu, dizendo que é necessária uma maior disponibilização de bens e serviços públicos, e de encorajar o empreendedorismo e a inovação para fomentar o ímpeto de crescimento da economia.
As referidas medidas destinam-se fundamentalmente à zona central e ocidental da China, claramente em desvantagem em comparação com a zona litoral do país.
No apogeu das necessidades do mercado de consumo, novas políticas serão desenvolvidas para potenciar ao máximo o nível de vida da população, sendo para já prioritário um melhoramento dos serviços de entrega e de logística, assim como uma maior cooperação global na capacidade produtiva, com vista a obter resultados favoráveis para todas as partes envolvidas.
Li continuou a sua exposição, afirmando que a economia real será melhorada através da depreciação da maquinaria, dos têxteis, da indústria leve e do setor automóvel e de mais investimentos canalizados para a transformação técnica das indústrias tradicionais.
Está também prevista a redução dos impostos nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, uma maior utilização de tecnologias ecológicas e com emissões reduzidas de poluentes, assim como um progressivo melhoramento dos serviços de internet.