Lojas virtuais chinesas aumentam suas vendas no Cazaquistão

ASTANA, 21 de setembro (Diário do Povo Online) - De acordo com as estatísticas do sistema de pagamento eletrônico "Yandex.Money", os consumidores do Cazaquistão estão mostrando um grande interesse pelos produtos da China. De junho a agosto deste ano, o número de cazaquistaneses que realizaram pagamentos a partir de compras online da China aumentou duas vezes em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor médio de compra dos produtos chineses por pessoa atingiu 9 mil tenges (um yuan equivale a 30 tenges), um aumento de 20% se comparado com o ano passado.

Especialistas apontam que a compra de produtos vindos da China inclui eletrodomésticos, roupas, calçados, cosméticos, produtos nutricionais e outros. Desta forma, os vendedores podem economizar os custos de aluguel de imóveis e com os funcionários, enquanto os consumidores podem comprar uma ampla variedade de produtos, desde roupas de cama até aparelhos eletrônicos. Mas o mais importante, é que as compras online são mais baratas do que nas lojas.

Na verdade, o aumento significativo no número de compras através do comércio online da China não é estranho. O líder da Associação de Empresários do Cazaquistão, Robert Yusupov, disse que “o comércio da China tem muitos produtos que o nosso país não produz, e só podem ser comprados em lojas especializadas. Mas agora, também podemos encontrar esses produtos nas lojas virtuais, o que atrai mais consumidores no atual contexto da desaceleração econômica doméstica".

Alguns especialistas apontam que o aumento de interesse dos cazaquistaneses pelas lojas virtuais está relacionado com a desvalorização de yuan chinês, mas os economistas acreditam que esta situação vai mudar em breve, porque a moeda do Cazaquistão continua se desvalorizando, e no futuro, todas as compras online serão liquidadas em dólares americanos.

No entanto, o economista cazaque, Andre Koval, disse que não descarta a possibilidade de que algumas lojas vistuais da China baixem artificialmente os preços dos produtos, acrescentando que “atrair mais consumidores é mais importante para as lojas porque o comércio online é um complemento para a economia. Sem ele, a China pode perder o status de segunda maior economia do planeta”.