WASHINGTON, 24 de setembro (Diário do Povo Online) – O presidente chinês, Xi Jinping, encontrou-se na quinta-feira com o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, num jantar privado, em Washington.
No encontro, que durou três horas, os dois chefes de Estado trocaram opiniões sobre o modo de governar, as relações sino-americanas, entre outras questões de interesse comum.
Xi aproveitou para lembrar o consenso firmado no encontro de Sunnylands, em junho do ano passado, como sendo um marco importante no estabelecimento de um novo tipo de relações internacionais. Segundo Xi, tal diálogo pode introduzir a força motriz que as relações sino-americanas necessitam.
Ele frisou que a reforma e abertura do país representam a política elementar da China moderna e a dinâmica fundamental para o futuro desenvolvimento da nação. Xi prometeu que a China nunca se irá isolar da comunidade internacional e propiciará um clima mais interativo, tolerante e transparente para os investimentos estrangeiros. “Ao mesmo tempo, a China vai salvaguardar a sua própria soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”, defendeu o presidente.
Xi apontou que a China é um participante, construtor, contribuinte e beneficiante do atual sistema internacional. Reformar e aperfeiçoar o sistema não significa começar de zero, mas sim impulsioná-lo numa direção mais justa e razoável.
Xi referiu as iniciativas chinesas como “Um cinturão e uma rota” e a criação do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, como exemplos por excelência do caminho que a China está a tomar. Também aproveitou para demonstrar o interesse na participação dos EUA nessas iniciativas, que podem ajudar a fomentar a economia regional, promover a empregabilidade e reduzir a pobreza.
Por seu lado, Obama disse que os EUA vêem com bons olhos a ascensão pacífica de uma China estabilizadora e próspera, que não só corresponde aos interesses do povo chinês, mas também aos interesses dos EUA e da comunidade internacional.
Obama referiu também os exemplos nos quais os EUA e a China mantiveram uma cooperação bem sucedida na questão das mudanças climáticas e do combate ao vírus do ébola. “Os EUA esperam que a China desempenhe um papel mais importante no cenário mundial”, disse o líder norte-americano.
Xi salientou que, apesar da existência de algumas discórdias entre os dois países, essas são largamente superadas pelos seus interesses comuns. Deste modo, a cooperação bilateral deve obter total enfoque. O fatos comprovam que a meta de estabelecer novas relações internacionais é correta e ambas as partes devem reger-se por esse objetivo.
No dia 25, os dois presidentes vão realizar um encontro oficial.