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Terror em Paris: França sofre ataque terrorista, mais de 150 mortes confirmadas (13)

Fonte: Diário do Povo Online    14.11.2015 12h07
Terror em Paris: França sofre ataque terrorista, mais de 150 mortes confirmadas

PARIS, 14 de novembro (Diário do Povo Online) - A França se viu atingida por múltiplos e simultâneos ataques ao redor de Paris nesta sexta-feira (13) que deixaram ao menos 150 mortes.

Os ataques com armas e bombas, aparentemente coordenados, aconteceram no momento em que a França se prepara para receber 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-21) e em seguida a uma série de ataques aéreos realizados contra combatentes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque. A França é um dos países membros fundadores da coalização liderada pelos EUA que lutam contra os combatentes do EI.

Suspeita-se que militantes do EI estejam por trás dos ataques.

Pelo menos duas explosões foram ouvidas perto do estádio nacional Stade de France, onde o presidente François Hollande assistia a uma partida de futebol entre as seleções da França e da Alemanha.

O jogo continuou até o fim apesar do pânico que irrompeu em meio à multidão de torcedores depois dos rumores de um ataque.

Helicópteros da polícia sobrevoaram o estádio enquanto o presidente Hollande foi levado às pressas de volta ao Ministério do Interior para lidar com a situação. O gabinete do presidente disse que Hollande convocou uma reunião de emergência a meia-noite (2300 GMT) para tratar sobre a crise.

A polícia confirmou ter havido tiroteios e explosões no estádio, mas não soube dizer o número de vítimas.

A rede de televisão TF1 informou que mais 35 pessoas foram mortas perto do estádio de futebol, incluindo dois supostos terroristas suicidas que teriam participados do ataque no bairro de Saint Denis, ao norte do centro de Paris.

No centro de Paris, tiroteios foram ouvidos perto da meia noite do lado de fora de um restaurante cambojano, no 10º distrito da capital e na casa de shows Bataclan.

Várias testemunhas disseram às estações de televisão que mais de 60 reféns estavam sendo mantidos presos dentro do Bataclan.

"Tem um monte de gente aqui. Eu não sei o que está acontecendo” disse uma das testemunhas à TV BFM, do lado de fora do Bataclan." É horrível. Tem um corpo lá. É horrível."

A polícia também isolou uma grande área ao redor do restaurante Petit Cambodge onde testemunhas disseram que homens armados com fuzis AK-47 dispararam contra as pessoas do lado de dentro do restaurante através das janelas de vidro, matando várias pessoas.

"Eu estava indo para a casa da minha irmã quando ouvi tiros sendo disparados, e depois eu vi três pessoas mortas no chão. Eu sei que eles estavam mortos, porque eles estavam sendo embrulhados em sacos de plástico", disse o estudante Fabien Baron à agência Reuters.

Também houveram relatos de tiroteios no bulevar de Charonne do 11º distrito e no centro comercial Les Halles.

Não houve reivindicação imediata pela responsabilidade dos ataques em Paris, que ocorrem poucos dias depois dos ataques reivindicados por militantes islâmicos em um distrito xiita do sul de Beirute, no Líbano, e pela queda de um avião russo na península do Sinai, no Egito.

Mais cedo na sexta-feira, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha disseram ter lançado um ataque na cidade síria de Rakka contra um militante britânico do Estado Islâmico conhecido como "Jihadi John", que aparece em vários vídeos de decapitação do Estado Islâmico.

Edição: Rafael Lima 


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(Editor:Chen Ying,editor)