Na véspera da Conferência do Clima que será aberta em Paris no dia 30, o enviado especial da China para assuntos sobre mudanças climáticas, Xie Zhenhua, publicou ontem (29) um artigo no Diário do Povo apontando que apesar de discórdias e dificuldades, há vários fatores favoráveis ao sucesso da conferência.
Em primeiro lugar, todos os países dão grande atenção à conferência, que conta com a participação de líderes e representantes de mais de 100 países e organizações internacionais, incluindo China, Estados Unidos, União Europeia, Índia e Brasil.
Segundo, os países têm intensificado o desejo de reforçar as cooperações sobre o tema. Até o momento, mais de 160 signatários entregaram relatórios sobre suas respectivas contribuições às mudanças climáticas após 2020, cobrindo mais de 90% das emissões no globo. Para Xie, essas contribuições constituirão uma parte importante dos acordos da Conferência do Clima, sendo favoráveis ao controle do aumento da emissão global e dando uma perspectiva política estável para o investimento e desenvolvimento de tecnologias de baixa emissão de carbono.
Ao mesmo tempo, as contramedidas dos países em relação às mudanças climáticas se tornaram mais ativas e são acompanhadas de cooperações bilaterais e multilaterais cada dia mais estreitas. A China e os Estados Unidos, o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido do mundo, fizeram comunicados conjuntos sobre mudanças climáticas durante dois anos consecutivos, aumentando os diálogos políticos e as cooperações pragmáticas.
Além disso, a China emitiu comunicados do mesmo gênero com a França, União Europeia, Índia e Brasil, reforçando a confiança da comunidade internacional para lidar com o aquecimento global.
O avanço das tecnologias na economia e eficiência energética, desenvolvimento do mercado de carbono, desenvolvimento das finanças verdes, e a melhora da conscientização da população também constituem fatores positivos para a Conferência do Clima de Paris.
Xie Zhenhua preve que a conferência de Paris pode fechar um acordo-quadro das ações a serem tomadas após 2020, orientando os países envolvidos a lidarem com o efeito estufa.
A China espera que a conferência de Paris obedeça aos princípios básicos da Convenção e formule um acordo justo, equilibrado, ambicioso e juridicamente vinculativo, de modo que todos os países tornem os desafios relacionados às mudanças climáticas em oportunidade de desenvolvimento verde e transformação do modelo econômico.
Edição: Renato Lu
Revisão: Rafael Lima