PEQUIM, 1 de dezembro (Diário do Povo Online) - O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional aprovou, a 30 de novembro, a entrada do yuan chinês no cabaz dos Direitos Especiais de Saque (SDR em inglês), num passo que representa uma vitória conjunta para a China e para o resto do mundo.
Se a entrada da China na OMC veio ditar a inclusão do país na economia mundial, poder-se-á dizer que a adição da sua divisa nacional nos SDR simboliza a integração da China no sistema financeiro do mundo.
Esta entrada em duas frentes no panorama mundial incentiva ainda mais a liberalização do mercado doméstico da China, e a performance económica do globo.
A inclusão nos SDR vem promover a reforma financeira da China, a expansão dos mercados de capital, incentivar a internacionalização do Renminbi, e providenciar mais oportunidades de investimento para instituições domésticas e internacionais.
O FMI terá começado em 2010 as avaliações para incluir o Renminbi nos SDR. Desde então, a China tomou uma série de medidas no sentido de acelerar a internacionalização e escala de utilização da sua moeda nacional, por exemplo, através de um sistema de conversões, e centros de comércio offshore de Renminbi. Com a entrada nos SDR, o número de reformas tendencialmente aumentará ainda mais.
Estas medidas não só removem quaisquer barreiras técnicas ao RMB, como também expandem as reformas das firmas chinesas à comunidade internacional, permitindo-lhes receber a aprovação das instituições e dos investidores do mundo.
Esta é a primeira vez que uma divisa de um país em desenvolvimento dá entrada nos SDR.Isto reflete as mudanças económicas no mundo. O direito à palavra das economias emergentes no sistema financeiro internacional é uma resposta direta às reformas implementadas no período recente.
Com o aumento da capacidade económica e comercial da China, e com a utilização do RMB na conclusão de transações para lá das fronteiras do país asiático, vários países começaram a acumular RMB. Partindo deste pressuposto, a inclusão do Renminbi nos SDR é uma resposta expectável à conjuntura do mercado. A opinião pública também acredita que, após esta decisão, a moeda chinesa passará a ter cada vez mais preponderância.
Edição: Mauro Marques