Kim Jong-un, líder da RPDC
PEQUIM, 11 de dezembro (Diário do Povo Online) – Pequim pediu ontem por esforços construtivos para aliviar a tensão na Península Coreana. O apelo foi feito depois de um relatório ter apontado que a o líder máximo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un, anunciou que o seu país tem capacidade para detonar uma bomba de hidrogênio.
A RPDC se transformou em "um Estado poderoso com armas nucleares pronto para detonar (uma) bomba atômica e de hidrogênio para defender de forma confiável a sua soberania e dignidade da nação", informou ontem a agência de notícias oficial KCNA, citando Kim.
Kim fez as declarações durante uma visita de inspeção a um local militar histórico. Anteriormente, a RPDC havia dito que a sua busca por armas nucleares deriva da "política hostil dos EUA" em relação a nação.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse em entrevista coletiva em Pequim que a China tem consistentemente acolhido os esforços de desnuclearização da Península Coreana, a salvaguarda da paz e da estabilidade, e a resolução dos problemas através do diálogo e da reconciliação.
Hua disse esperar que todas as partes envolvidas se esforcem de maneira construtiva para fazer mais para ajudar a aliviar a situação e alcançar a retomada das “conversas das seis partes”.
Wang Junsheng, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o anúncio de Kim não ajuda, pois poderá isolar ainda mais a RPDC da comunidade internacional.
Huang Youfu, professor de estudos coreanos da Universidade de Minzu, na China, disse que a Coreia do Sul e os EUA poderiam reforçar a sua cooperação na luta contra as capacidades nucleares da RPDC.
Edição: Rafael Lima