Iniciamos a conversa num tom ligeiro, onde ambos tiveram a oportunidade de partilhar um pouco das primeiras impressões da mudança de contexto de Portugal para a China. Cada um apresentou a sua versão de acontecimentos. “Pensava que a China era menos evoluída do que na realidade é, e que Pequim era mais poluída”, disse o Marcos relativamente ao primeiro impacto da vida na capital chinesa. Portador de alguns preconceitos populares entre os portugueses - embora com uma consciência mais realista, devido à base sólida do seu percurso académico - foi rápido a desmistificar muitos deles: “A comida é diferente do que pensamos ser em Portugal. Não comem cães nem insetos!(entre risos)”. Quando confrontado com a questão da gastronomia chinesa ser melhor ou pior do que tinha em mente, respondeu prontamente: “Isso nem se pensa duas vezes. Melhor, claro!”.
A visão da Patrícia contrasta um pouco com a do Marcos. Antes de pisar solo chinês, a estudante nutria a imagem de uma Pequim futurista: “Pensava que Pequim era uma cidade muito mais cosmopolita e que estaria repleta de arranha-céus. Percebi que existem imensos elementos históricos conservados, como os templos, e que o passado convive com o presente nos hutongs. Macau, pelo contrário, é uma cidade moderna em todos os sentidos”.