Após uma série de fotografias detalhadas das estantes do Presidente Xi ser publicada na internet, estas rapidamente se tornaram virais.
Desde literatura moderna, a história e política internacional – o Presidente Xi Jinping poderá ter involuntariamente inspirado os leitores chineses a mergulhar na sua lista favorita de autores.
A lista foi compilada por internautas e alguns membros da imprensa chinesa após o discurso de ano novo do presidente, gravado desde o seu escritório em Pequim na quinta-feira à noite.
As referidas fotos foram recolhidas das filmagens da CCTV e partilhadas nas redes sociais online.
Um blogger chinês, de pseudónimo Ingoman lançou o apelo: “Vamos seguir o presidente Xi e ler.”
Nas prateleiras encontravam-se os clássicos de Lu Xun, livros de Lao She, e lições de história pelos historiadores Will e Ariel Durant.
Obras mais recentes incluíam a edição chinesa do World Order do ex-secretário de estado norte-americano Henry Kissinger publicada em 2015. Também em destaque estava uma lista de livros científicos publicados pela editora da Universidade de Pequim, e o livro Geometria do filósofo e matemático francês René Descartes.
Os detalhes dos livros atraíram uma atenção considerável por parte das redes sociais, especialmente numa altura em que os académicos chineses e oficiais têm apelado à população para ler mais regularmente.
Zhu Debin, diretor de estudos internacionais da Social Sciences Academic Press em Pequim, refere que os hábitos de leitura do presidente “refletem a necessidade entre os leitores chineses da obtenção de um conhecimento mais profundo da cultura tradicional, da China moderna, e do mundo onde vivem”.
Além da lista de livros, outro elemento impactante da ocasião do discurso de ano novo foi a presença de várias fotos dispostas ao longo das estantes, nomeadamente 7 novas fotos. Entre elas, três estavam relacionadas com as visitas do Presidente Xi às áreas rurais e à sua interação com os camponeses.
As restantes duas fotografias foram tiradas aquando dos seus discursos em eventos internacionais: uma na parada do Dia da Vitória na Praça Tiananmen a 3 de setembro, e a outra na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.
Edição: Mauro Marques